Fernando Alonso saiu em defesa de Max Verstappen nesta quinta-feira (26) e reforçou a necessidade de mudanças no sistema de pontos de penalidade da Fórmula 1. O espanhol considera injusto que pilotos sejam punidos com acúmulo de pontos por erros de pilotagem simples, e não apenas por atitudes perigosas na pista.
Verstappen chega ao GP da Áustria com onze pontos de penalidade na superlicença, a apenas um de uma suspensão automática de corrida, e voltou a ser questionado sobre a possibilidade de mudar seu estilo de pilotagem. A situação foi mencionada durante a coletiva de imprensa oficial da FIA antes do GP da Áustria, o que fez Alonso refletir em voz alta: “É uma coletiva da FIA”, disse, atento ao risco de críticas diretas ao órgão regulador.
Com bom humor, Alonso afirmou que, às quintas-feiras (dia das entrevistas coletivas oficiais dos pilotos antes dos GPs), prefere focar em aspectos técnicos como altura do carro e calibragem dos pneus. Mas não evitou responder sobre o tema: “Repito o que já disse no ano passado. Os pontos de penalidade deveriam existir apenas para manobras perigosas, e não para erros comuns de pilotagem”, afirmou o bicampeão de F1.

Alonso explicou que infrações como ultrapassar o limite de velocidade ou sair da pista por excesso de agressividade, deveriam ser punidas com penalizações de tempo, como drive-through ou cinco segundos, mas sem afetar a superlicença dos pilotos.
“Se você empurra alguém para a grama ou faz algo perigoso, aí sim deveria levar ponto de penalidade na superlicença. Mas eu, por exemplo, recebi a maior punição dos últimos 25 anos: 20 segundos e três pontos por um incidente sem contato”, lembrou o espanhol, referindo-se ao GP da Austrália. Na ocasião, George Russell bateu após Alonso reduzir bruscamente o ritmo em uma tentativa de surpreendê-lo, o que acabou gerando forte punição ao piloto da Aston Martin.
“Essas coisas não são agradáveis, mas todos tentamos aprender e nos ajustar”, concluiu o piloto espanhol.