Drugovich e a F1 em 2025: à espera de uma oportunidade

Com a temporada de 2025 da Fórmula 1 prestes a começar, as casas de apostas com bônus já antecipam um ano repleto de disputas intensas e grandes surpresas, pois este campeonato promete agitar o cenário do automobilismo mundial. Não apenas pela nova geração de pilotos, mas também pelos movimentos dentro das equipes, que incluem a consolidação de nomes como Gabriel Bortoleto e a difícil espera de Felipe Drugovich por uma oportunidade de se firmar definitivamente no grid.

 

O Retorno Do Brasil à F1

O longo jejum do Brasil sem representantes na Fórmula 1 chegou ao fim quando Gabriel Bortoleto, de apenas 20 anos, foi confirmado pela Sauber para a temporada de 2025. 

Com passagens vitoriosas pela F3 em 2023 e F2 em 2024, o piloto de Osasco se tornou um símbolo de renovação do país na categoria máxima do automobilismo mundial. Agenciado pela A14 Management, empresa liderada por Fernando Alonso, Bortoleto mostra uma ascensão meteórica e chama atenção pela consistência nos resultados e determinação em pista. 

Seu colega de equipe é o experiente alemão Nico Hulkenberg, que traz bagagem e conhecimento para auxiliar o jovem talento. Porém, a Sauber não vive uma fase fácil: terminou o ano anterior na última colocação e atravessa uma fase de transição, já que a Audi assumirá a operação como equipe de fábrica a partir de 2026.

Ainda assim, a aposta em Bortoleto mostra o desejo de reconstruir o time sobre bases mais sólidas, mirando futuro e resultados mais expressivos.

 

Drugovich: à espera de uma vaga

Paralelamente a esse cenário de renovação, o Brasil conta com outro nome de peso que segue como reserva na Fórmula 1: Felipe Drugovich, nascido em Maringá, no Paraná, e campeão da F2 em 2022. 

Com um histórico de sucessos nas categorias de base, “Drugo” foi recrutado pela Aston Martin após a conquista no campeonato de acesso e, desde então, se mantém fiel à equipe inglesa, aguardando pacientemente a oportunidade de se tornar piloto titular. 

Renovar o contrato como reserva em 2025 demonstra tanto a confiança que a Aston Martin deposita em seu trabalho quanto a dificuldade de abrir espaço no grid para novos talentos. Afinal, a disputa por vagas costuma ser acirrada e envolta em questões políticas e financeiras.

 

A influência de Lance Stroll na Aston Martin

Um dos motivos que mantém Drugovich fora do cockpit principal é a presença de Lance Stroll, filho do bilionário Lawrence Stroll, que adquiriu a equipe e investiu somas consideráveis para se estabelecer na categoria. 

Embora Lance tenha demonstrado potencial em algumas corridas, sua permanência na Fórmula 1 é alvo de questionamentos por parte de muitos torcedores, especialmente depois de incidentes como o do GP de São Paulo do ano passado, quando ele rodou ainda na volta de apresentação e atolou na brita, sob vaias da torcida em Interlagos. No entanto, a influência do pai e o peso do investimento na Aston Martin asseguram a presença de Stroll como titular, travando o caminho de Drugovich para uma possível promoção.

 

Fernando Alonso e a renovação até 2026

O outro cockpit da Aston Martin pertence a Fernando Alonso, lenda viva da F1 que, aos 42 anos, segue em ótima forma física. Em abril, o espanhol renovou contrato até o final de 2026, frustrando as expectativas daqueles que viam uma chance de Drugovich finalmente assumir a vaga. 

Alonso, bicampeão mundial, está empolgado com o projeto ambicioso da equipe, que envolve a chegada da Honda como fornecedora de motores e a contratação do renomado projetista Adrian Newey, proveniente da Red Bull, para reforçar o desenvolvimento dos carros a partir de 2025.

 

Perspectivas para o futuro de Drugovich

Felipe Drugovich optou por não buscar alternativas imediatas na Fórmula E ou na Indy, confiando que a oportunidade na Aston Martin surgiria caso Alonso decidisse encerrar a carreira ou caso Lance Stroll optasse por sair. Porém, a renovação do espanhol até 2026 e a resistência de Lawrence Stroll em tirar o filho do grid criam um cenário complexo. 

Mesmo assim, Drugovich segue valorizado: participou de treinos livres nas sextas-feiras e de testes oficiais na pré e pós-temporada, recebendo elogios dos engenheiros pela precisão do feedback técnico. O brasileiro é reconhecido no paddock como um piloto maduro e veloz, porém depende de fatores externos para estrear.

 

O poder de investimento e a chegada de Newey

A Aston Martin passa por diversas mudanças internas visando a chegada de Adrian Newey, que deve iniciar suas atividades em março de 2025. Com regulamentos renovados para 2026, as equipes terão a chance de começar um novo projeto praticamente do zero, e a genialidade de Newey pode fazer a diferença. 

No ano anterior, a Aston Martin terminou em quinto lugar, somando 94 pontos, dos quais 70 foram de Alonso. A perspectiva é de crescimento, mas isso não inclui, num primeiro momento, a abertura de vaga para Drugovich, a menos que surja alguma reviravolta no processo.



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