O francês Fabio Quartararo é o novo campeão mundial da MotoGP. O piloto se aproveitou de uma queda de seu rival Francesco Bagnaia para conquistar seu primeiro título mundial no GP da Emília-Romanha do último domingo.

Após a conquista, ele refletiu sobre sua carreira e disse que se encontra em uma posição inesperada após anos de problemas nas categorias de acesso à classe principal.

“Ser campeão mundial de MotoGP é algo que nunca esperava quando estava em uma situação ruim há alguns anos”, falou o francês.

“No momento estou me sentindo em um sonho e ainda não percebi o que está acontecendo comigo agora.”

O caminho para Quartararo ser campeão mundial foi longe de ser fácil. Ele conquistou o título do campeonato espanhol de Moto3 em anos consecutivos (2013 e 2014) e entrou no paddock do mundial como o próximo grande talento. No entanto, as difíceis temporadas de Moto3 e Moto2 de 2015 a 2017 deixaram o francês sem confiança.

Mas desde que foi promovido para a MotoGP com a Yamaha em 2019, ele voltou a mostrar seu brilho.

“Quando ganhei os dois campeonatos espanhóis, é claro que o primeiro passo era ganhar o campeonato mundial de Moto3. Mas eu não consegui nem ao menos uma vitória em corrida”, seguiu.

“Depois mudei para a Moto2 e tentei recuperar a confiança. No primeiro ano isso não foi alcançado, mas no segundo ano sim.”

“Vencemos duas corridas – tudo bem, em uma corrida fui desclassificado, mas sei que ganhei essa corrida. Ainda assim, não esperava chegar na MotoGP.”

“Não foi possível chegar ao campeonato mundial de Moto2 e estava mesmo longe disso. Portanto, a única forma de ser campeão do mundo era na MotoGP e conseguimos. É algo que nunca esperei. Quando fiz o primeiro teste em Valência em 2018, disse: ‘o que diabos estou fazendo com essa moto?’. Não conseguia andar porque havia muita potência.”

“Só que agora peço muito mais (risos), mas os passos foram lentos, mas bons. 2019 foi bom e claro que era um grande sonho ser campeão mundial e hoje conseguimos. Não sei o que dizer. vou perceber um pouco mais esta noite e amanhã, quando não terei mais voz alguma.”