Fausto Gresini não resiste aos efeitos da Covid-19 e morre aos 60 anos

Depois de ser internado em 30 de dezembro com dificuldades respiratórias devido ao coronavírus, Fausto Gresini – bicampeão mundial de 125cc e chefe da equipe Gresini – não resistiu e morreu nesta terça-feira no Hospital Maggiore em Bolonha, na Itália.

Fausto foi colocado em coma induzido de início, e até melhorou a ponto de ser acordado, conseguir participar de videochamadas com sua família e receber visitas de sua esposa, apesar de seguir utilizando um respirador. Entretanto, seu estado de saúde acabou se complicando.

Uma atualização recente descreveu seu quadro clínico como “crítico”. Na última segunda, relatos de veículos de imprensa da Itália surgiram dando conta do falecimento do ex-piloto. A informação foi negada por sua família e por sua equipe.

“A notícia que nunca queríamos dar e que infelizmente somos forçados a compartilhar com todos vocês”, iniciou o time em comunicado.

“Depois de quase dois meses lutando contra a Covid, Fausto Gresini infelizmente faleceu, poucos dias depois de completar 60 anos.”

“Todos da Gresini Racing estão próximos da família de Fausto apoiando sua esposa Nadia e seus quatro filhos Lorenzo, Luca, Alice e Agnese, assim como todos que tiveram a chance de conhecê-lo e amá-lo ao longo dos anos.”

Campeão em 1985 e 1987 (vencendo dez das 11 provas nesta ocasião) nas 125cc, Gresini correu de 1983 até 1994. Como chefe de equipe, Gresini iniciou em 1997. Ele foi campeão mundial três vezes: com Daijiro Kato em 2001 nas 250cc, com Toni Elias em 2010 na Moto2 e com Jorge Martin em 2018 na Moto3.

Na MotoGP, a equipe teve como primeiro piloto o brasileiro Alexandre Barros, em 1997 e 1998. Além disso, foi vice-campeã entre 2003 e 2005 com Sete Gibernau (2003 e 2004) e Marco Melandri (2005), sendo a principal opositora de Valentino Rossi em seus primeiros anos de carreira.

Na classe principal, o time venceu oito vezes com Gibernau, cinco com Melandri e uma com Elias.

Entretanto, seu tempo na MotoGP não foi sem histórias tristes. Em 2003, o time perdeu Daijiro Kato em um trágico acidente no GP do Japão, em Suzuka. Em 2011, o time perdeu outro piloto – Marco Simoncelli – em um grave acidente no GP da Malásia.

A Gresini se tornou a Aprilia na MotoGP em 2015, e voltará a ser um time 100% satélite em 2022, quando o contrato com a montadora de Noale se encerra.

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