George Russell, diretor da Associação de Pilotos da Fórmula 1 (GPDA), confirmou que os pilotos da categoria irão redigir e divulgar uma carta pública, manifestando sua insatisfação com a posição da FIA em relação ao uso de palavrões pelos pilotos. A decisão foi tomada após a punição de Max Verstappen por ter usado um palavrão durante a coletiva de imprensa antes do GP de Singapura.
Antes da corrida em Singapura, a FIA, sob a liderança de Mohammed Ben Sulayem, intensificou sua postura contra o uso de palavrões, o que resultou em Verstappen sendo punido com a prestação de um dia de serviços comunitários. O holandês criticou abertamente a penalidade, e agora seus colegas de grid demonstram apoio, buscando um diálogo com a entidade reguladora da categoria.
Russell falou sobre a situação: “Parece um pouco bobo que tenhamos chegado a esse ponto,” disse o piloto da Mercedes. “Ainda não conversamos com a FIA, mas esperamos fazer isso na próxima semana, no México. Estamos todos na mesma página e, provavelmente, vamos apresentar uma carta formal para vocês lerem da parte dos pilotos”, disse ele.
Outro aspecto abordado por Russell foi o papel das emissoras de TV, que podem decider se transmitem ou não as falas captadas nos rádios dos pilotos durante as corridas. “Não queremos tirar as emoções do calor do momento que os pilotos demonstram durante as provas,” disse ele, ressaltando que os palavrões captados nos rádios são parte de uma comunicação interna que só é transmitida ao público a critério da direção de transmissão da Fórmula 1.
No entanto, ele reconheceu que fora da pista, em contextos como entrevistas coletivas, os pilotos têm a responsabilidade de escolher melhor as palavras. “Talvez tenhamos um dever de sermos mais conscientes das nossas palavras em certas situações,” acrescentou Russell, reiterando que os pilotos devem formalizar essa posição por meio de uma carta coletiva.