Red Bull e Ferrari negociaram mudanças nas regras da FIA

Antes do GP da Grã-Bretanha, a FIA apresentou uma série de mudanças notáveis nas regras. Uma delas diz respeito ao resfriamento do combustível: as equipes de F1 podem agora resfriar o combustível a uma temperatura de vinte graus, o que pode evitar problemas de superaquecimento.

A Red Bull é uma das equipes que pode se beneficiar disso, já que o RB18 sofreu superaquecimento no início da temporada. No GP da Espanha, Max Verstappen quase teve que largar do final do grid como resultado: a equipe austríaca só o deixou sair dos boxes quando a luz quase ficou vermelha porque o combustível estava muito frio e teve que ser aquecido em dez graus abaixo de temperatura ambiente.

O chefe da equipe Ferrari, Mattia Binotto, chamou a atenção para a Red Bull dizendo que a FIA deveria dar uma olhada mais de perto. No entanto, isso se mostrou desnecessário, já que a temperatura do combustível nunca foi medida abaixo do mínimo. Ainda assim, a FIA esclareceu posteriormente o ponto de medição de temperatura para evitar que as equipes de F1 resfriem demais seu combustível no futuro.

Antes da corrida de Silverstone, a FIA levou a regra ainda mais longe ao introduzir uma mudança notável: as equipes agora poderão resfriar o combustível a uma temperatura de vinte graus, independente da temperatura externa. Em GPs mais quentes, as equipes poderão tirar vantagem disso. De acordo com a La Gazzetta dello Sport, os times podem até resfriar o combustível abaixo de vinte graus em corridas mais frias.

A Red Bull parece ser uma das equipes que mais pode se beneficiar da recente mudança de regra. A equipe austríaca já havia encontrado problemas no início da temporada com o chamado ‘vapor lock’, a evaporação dos 10% de etanol que compõem os novos biocombustíveis. Este fenômeno é amplificado em altas temperaturas e pode levar a problemas com o funcionamento das bombas de combustível no tanque, e também teria sido a causa do duplo abandono de Max Verstappen e Sergio Perez no GP do Bahrein.