Quanto custa um treino de novatos na F1? Caso Palou vs. McLaren revela cifras

Novos detalhes sobre os valores da Fórmula 1 vieram à tona esta semana, exposto pelo embate judicial entre a McLaren e o piloto espanhol Alex Palou, atualmente na IndyCar. Documentos apresentados ao tribunal em Londres revelaram quanto alguns pilotos novatos desembolsam para participar de um treino livre na principal categoria do automobilismo mundial.

O processo envolve a quebra de contrato por parte de Palou, que havia assinado com a McLaren para integrar seu grupo de pilotos. No entanto, o espanhol optou por permanecer na Chip Ganassi Racing, equipe da Indy, alegando ter perdido a confiança no projeto da McLaren após perceber que as chances de chegar à Fórmula 1 haviam diminuído em 2023.

Palou chegou a participar de uma sessão de Treino Livre 1 (FP1) no GP dos Estados Unidos de 2022, quando fazia parte do programa de desenvolvimento da equipe de Woking. Segundo a Motorsport Magazine, os documentos judiciais indicam que novatos podem pagar valores significativos para disputar apenas uma hora de atividade na pista.

Alex Palou - McLaren
Foto: Divulgação / McLaren

Um exemplo citado é o do japonês Ryo Hirakawa, vencedor das 24 Horas de Le Mans e bicampeão do Mundial de Endurance (WEC). Ele teria desembolsado US$ 3,5 milhões (R$ 19,1 milhões) para estrear em um TL1 com a McLaren no GP de Abu Dhabi de 2024, além de participar de duas sessões de Testes com Carros Antigos (TPC).

Naquele momento, Hirakawa substituiu Oscar Piastri. O piloto de 31 anos participou de outros três treinos, representando a Alpine no Japão e pilotando pela Haas no Bahrein e na Espanha. Vale lembrar que, por regulamento, todas as equipes da F1 são obrigadas a oferecer quatro sessões de FP1 por temporada a pilotos considerados novatos.

No tribunal, a equipe jurídica de Palou argumenta que ele não deve indenização à McLaren, afirmando que a equipe recebeu exatamente o que esperava do acordo: “um piloto reserva da F1 de outubro de 2022 a agosto de 2023, e uma oportunidade de avaliar seu potencial em um carro de F1”.

O CEO da McLaren, Zak Brown, minimizou a defesa de Palou e reforçou que o investimento em oportunidades na F1 é comum. “Até mesmo Lando Norris pagou para fazer parte do programa até ser promovido a piloto titular em 2019”, declarou.



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