O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, afirmou que a categoria acompanha de perto a situação geopolítica no Oriente Médio e já possui um plano de contingência caso os dois últimos GPs da temporada 2025, no Catar e em Abu Dhabi, sejam impactados por conflitos na região.
Apesar da tensão recente, especialmente após o Irã ter lançado mísseis contra uma base dos EUA no Catar, em resposta à atuação americana em apoio a Israel, Domenicali deixou claro que, até o momento, não há qualquer sinal de que essas etapas estejam em risco.
“Falar sobre isso é muito, muito difícil”, afirmou o dirigente. “Até agora, não temos esse tipo de sinal, e realmente esperamos que não haja necessidade. Não quero nem pensar nisso, principalmente pelo contexto maior, e não apenas pelas corridas… mas, claro, temos um plano.”
A parte final da temporada conta com uma rodada tripla, começando por Las Vegas em 22 de novembro, seguido pelo GP do Catar em 30 de novembro, e encerrando com Abu Dhabi em 07 de dezembro, uma etapa que, historicamente, já definiu títulos mundiais.
Com voos diretos entre os eventos, a logística é sensível a qualquer mudança, especialmente diante do fechamento temporário de espaços aéreos e interrupções nos voos comerciais em alguns países da região. Ainda assim, Domenicali afirmou que os promotores locais seguem tranquilos e que a organização está em ‘contato diário’ com eles.

Caso se torne necessário alterar os planos, a Fórmula 1 considera alternativas em locais com clima mais ameno na Europa, como o circuito do Algarve, em Portugal, que já recebeu corridas durante a pandemia de COVID-19. Domenicali admitiu que um único circuito poderia receber duas corridas consecutivas, mas minimizou essa hipótese: “Definitivamente não podemos ir a lugares onde haverá neve. Mas como eu disse, nem estou pensando nisso”, acrescentou.
A categoria já correu sob tensão no passado, como em 2022, na Arábia Saudita, mesmo após ataques a uma instalação de petróleo nas proximidades do circuito de Jeddah. Na época, a F1 se manteve no país confiando nas garantias de segurança oferecidas. “Precisamos estar sempre prontos e monitorar a situação”, finalizou Domenicali.