O futuro da Fórmula 1 sob o comando da Liberty Media pode incluir uma mudança significativa. John Malone, presidente da Liberty Media, admitiu não descartar a possibilidade de vender a categoria no futuro, caso a transação seja considerada benéfica para os acionistas. A empresa norte-americana adquiriu a F1 em 2017, transformando-a em uma plataforma multimilionária, mas rumores de uma venda para o Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita já circulam desde o início de 2023, com valores estimados em US$ 20 bilhões.
Em entrevista ao programa Squawk on the Street, da CNBC, Malone foi questionado sobre a possibilidade de aceitar uma proposta de venda da Fórmula 1. Ele afirmou que sua prioridade é maximizar o valor para os acionistas da Liberty Media, mantendo a porta aberta para futuras negociações. “Concluí, após todos esses anos, que quero usar meu controle para maximizar o valor para os meus acionistas”, disse Malone. “Estou disposto a negociar minha posição de controle se isso estiver no interesse de longo prazo dos acionistas.”
Malone destacou que essa abordagem já foi utilizada em outras transações da empresa, sugerindo que ela também pode ser aplicada a outros ativos, como o time de beisebol Atlanta Braves. Segundo ele, cada decisão é baseada em uma visão estratégica de longo prazo, visando o melhor para a organização e para os acionistas. “Costumo dizer que a porta está sempre aberta”, completou.
Apesar de considerar essa possibilidade, o presidente da Liberty Media elogiou o atual estado da Fórmula 1 e sua gestão, liderada por Stefano Domenicali. Ele demonstrou confiança no potencial futuro da categoria e destacou as oportunidades de expansão. “Acredito que a Fórmula 1 tem um futuro muito brilhante como está. A equipe de gestão fez um trabalho brilhante”, afirmou Malone. “A marca é muito poderosa e há diversas oportunidades para expandir o negócio de corridas de forma sinérgica.”
Embora o foco atual esteja em continuar desenvolvendo a Fórmula 1, Malone afirmou que pretende acompanhar o desempenho da categoria nos próximos anos antes de considerar qualquer grande decisão estratégica. “Certamente vou observar nos próximos anos antes de decidir se seria melhor combiná-la com outra coisa”, concluiu.
A Liberty Media tem sido fundamental para modernizar a Fórmula 1 desde sua aquisição, promovendo a expansão global da categoria e impulsionando sua popularidade, especialmente nos Estados Unidos. A possibilidade de uma venda, embora ainda incerta, pode moldar o futuro da F1, impactando sua direção e estratégia nos próximos anos.