Fórmula 1: Wolff admite que Mercedes está atrás de McLaren e Red Bull na gestão dos pneus

A Mercedes saiu do GP da Austrália empatada com a McLaren na liderança do campeonato de construtores, ambas somando 27 pontos. No entanto, a equipe alemã reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar os rivais diretos. George Russell conseguiu um pódio ao terminar em terceiro, mas ficou distante de Lando Norris e Max Verstappen, que disputaram a vitória. Após a corrida, o chefe da equipe, Toto Wolff, analisou onde a Mercedes está atrás da concorrência.

O austríaco destacou um fator crucial que faz diferença no desempenho em relação a McLaren e Red Bull: o gerenciamento dos pneus. “A maneira como eles conseguem transformar um carro que não estava competitivo na sexta-feira para algo muito rápido no sábado é algo que sempre devemos levar em consideração. Eles conseguiram encontrar o ponto ideal”, explicou Wolff em entrevista a veículos como GPblog. “Se olharmos para a ordem de força no gerenciamento dos pneus, temos McLaren e Red Bull à frente, e depois estamos nós”.

Russell conseguiu seu primeiro pódio da temporada, mas a Mercedes nunca esteve na disputa pela vitória em Melbourne. O britânico ficou longe dos líderes até o safety car provocado por Fernando Alonso e pelo erro de Oscar Piastri, que rodou sozinho e perdeu várias posições. Mesmo assim, a diferença de performance permaneceu evidente.

Wolff reconheceu que esperava um resultado melhor, mas admitiu que a principal dificuldade da equipe foi justamente manter os pneus na janela ideal de temperatura. “Gostaríamos de ter brigado com a McLaren e o Verstappen, mas temos um déficit em manter os pneus na temperatura correta. Eles conseguem fazer isso melhor e, como resultado, são mais rápidos. No nosso caso, sofremos com degradação porque os pneus simplesmente aquecem demais”, explicou. “Gostaria de estar mais próximo deles, mas essa é a realidade”.

O chefe da Mercedes comparou a situação atual com os anos de domínio da equipe, quando estavam à frente da concorrência sem grandes desafios. “Isso me lembra de quando queríamos apenas disparar na frente e sumir. Mas você nunca pode desistir, acabamos de completar a primeira corrida do ano. Terminamos em terceiro e quinto, e, em condições normais, teríamos sido quarto e quinto. Essa é a realidade em que estamos”.

Por fim, Wolff enfatizou que a equipe precisa analisar maneiras de gerenciar melhor os pneus antes de tomar decisões sobre o desenvolvimento do carro de 2026. “Precisamos entender o que podemos fazer para melhorar a gestão dos pneus. Não estamos perdendo 20 pontos de carga aerodinâmica, não é isso. É algo mecânico, e precisamos encontrar soluções para manter os pneus no ponto ideal. Isso não muda nada sobre nossas prioridades entre 2026 e 2025, pois ainda é cedo. Temos que manter a calma e seguir na trajetória certa”.

A Mercedes volta à pista no GP da China, onde terá mais desafios para reduzir a diferença para McLaren e Red Bull.

O F1MANIA.NET acompanha o GP da Austrália ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.

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