A Williams pode se tornar a primeira equipe a sacrificar a temporada de 2025 para priorizar o novo regulamento da Fórmula 1, que entra em vigor em 2026. Segundo informações do site “Motorsportweek” a equipe não vai mais investir no FW47.
“Se fosse preciso, eu mesmo tiraria o carro do túnel de vento. Só existe uma forma de vencer, e não dá pra ficar preso ao presente,” comentou o chefe de equipe, James Vowles.
A decisão veio em um momento em que a Williams está no meio do pelotão, com 19 pontos conquistados, mais do que somou em toda a temporada de 2024. Vowles quer pensar lá na frente, mesmo que isso custe até 40 milhões de dólares em premiação. Ele não pretende abrir mão do seu plano a longo prazo, lembrando que o pensamento de curto prazo já prejudicou a equipe no passado.
“Vamos ser totalmente diretor,” disse Vowles. “Estamos nessa situação porque tivemos uma mentalidade imediatista ao longo dos últimos 20 anos. Parte disso é motivada por questões financeiras. Mas é preciso investir, e esse investimento é algo de cinco anos pra começar a dar retorno.”
Segundo ele, essa decisão já estava no plano desde que entrou na equipe em 2023.
“Não foi nada difícil (mudar o foco para 2026), porque parte do motivo de eu ter vindo para cá foi uma conversa muito clara desde o começo. Seria algo demorado, exigiria investimento, e não poderíamos ser guiados por decisões de curto prazo. Todos concordaram com isso desde o início.”
Além disso, Vowles tem feito um bom trabalho na Williams, modernizou a produção e garantiu os pilotos, Alex Albon e Carlos Sainz por mais tempo. Agora, a missão é buscar avanços para o novo regulamento de 2026 da Fórmula 1.
Ele também comentou sobre as dificuldades do carro atual: “Tem coisas no carro que ainda não estão no ponto certo. O equilíbrio não está ideal para os pilotos, e estamos meio limitados com as ferramentas que temos hoje. Dá para ajustar algumas coisas, sim. Mas acho que, no fundo, é outro outro caminho que vamos ter que seguir. A gente consegue amenizar os problemas, mas não consertar de verdade. Mas não acho que vamos conseguir resolver tudo em 2025,” finalizou.