Carlos Sainz expressou sua “frustração” com a falta de testes na Fórmula 1. O piloto da Williams acredita que a categoria deveria oferecer mais dias de preparação, principalmente para os novatos, que entram no grid com pouca experiência.
“Eu desejo a eles (os novatos) tudo de melhor, entendendo um pouco a frustração deles com os testes, porque mesmo que eu obviamente não seja mais um novato, aquele dia e meio de testes é frustrante para mim também. Mas consigo imaginar (como é) para um novato, entendo como isso dificulta as coisas e como o início da temporada será complicado para alguns desses pilotos,” disse Sainz.
Atualmente, os pilotos tem apenas três dias de testes de pré-temporada para se adaptar e conhecer o carro, o que para Sainz, é pouco demais. Ele também criticou o investimento pesado das equipes em simuladores, sugerindo que o dinheiro poderia ser melhor usado em mais dias de teste na pista.
“Você tem muitas equipes gastando quantias infinitas de dinheiro em simuladores, com pilotos voando do Mônaco para o Reino Unido para ir a um simulador. E eu não entendo por que temos apenas três dias de testes quando todo esse dinheiro poderia ser investido, sei lá, em oito dias de testes,” disse ele.
Sainz defende a ideia de aumentar os testes para oito ou até dez dias, o que ajudaria tanto os novatos quanto os pilotos mais experientes a se prepararem melhor.
“Os novatos se beneficiariam, e eu acho que as equipes de F1 também se beneficiariam, porque, embora os simuladores sejam bons, não são tão bons quanto alguns engenheiros ou pessoas tendem a acreditar. Então, eu sempre escolheria os testes, para esses novatos também, em vez de gastar o dinheiro em um simulador.”
Enquanto Sainz pede mudanças, Isack Hadjar, novato da Racing Bulls, disse se sentir preparado mesmo com poucos testes:
“Eu não me sinto despreparado de forma alguma”, afirmou Hadjar. “Obviamente, seria bom ter mais quilometragem para passar por mais cenários, mas é como é e eu vou aprender no trabalho.”