George Russell, diretor da GPDA (Associação de Pilotos de Grande Prêmio), fez um apelo à FIA para que permita que os pilotos da Fórmula 1 sejam ‘o mais autênticos possível’, em meio ao debate sobre o uso de palavrões na categoria. Russell, no entanto, concorda com a necessidade de regulamentar o uso de linguagem inadequada.
O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, expressou o desejo de reduzir o uso de palavrões pelos pilotos, com novas regras para a temporada de 2025 que podem levar a punições, como multas pesadas, perda de pontos ou até suspensões de corridas, em caso de infrações repetidas.
Após discussões entre as partes envolvidas, foi estabelecido um compromisso para a abertura da temporada na Austrália: palavrões no rádio da equipe durante a corrida não serão punidos, mas o uso de linguagem inadequada em entrevistas e coletivas de imprensa será.
Essa discussão sobre palavrões ganhou força após uma declaração de Max Verstappen na coletiva de imprensa pré-GP de Singapura em 2024, horas depois de Ben Sulayem ter manifestado a intenção de reprimir o uso de linguagem imprópria.
Russell acredita que a situação saiu um pouco do controle, mas concorda com o ponto principal defendido pelo presidente da FIA. “As coisas saíram um pouco do controle nos últimos meses com algumas das coisas que aconteceram”, disse Russell à BBC Sport.
“Não somos apenas pilotos de corrida, somos personalidades, e se você é um indivíduo que quer xingar o quanto quiser, isso tem um certo impacto em sua marca e sua percepção, independentemente da FIA se envolver. Há hora e lugar. Você tem que garantir que nossas emoções permaneçam reais e verdadeiras, especialmente quando se trata do rádio no carro, e potencialmente uma entrevista logo após a corrida. Se você está falando em uma tarde de quinta-feira na frente de várias pessoas, talvez xingar não seja realmente necessário, mas quando se trata dessa emoção crua no carro, você precisa nos deixar ser o mais autênticos possível”, finalizou o piloto britânico.