A Red Bull Racing revelou um significativo aumento no desempenho de seu novo carro para a temporada 2025 da Fórmula 1, o RB21, apesar de enfrentar desafios com seu antigo túnel de vento. Pierre Waché, diretor técnico da equipe, confirmou que o carro ganhou aproximadamente três a quatro décimos de segundo por volta em comparação com a última versão do RB20, utilizada no GP de Abu Dhabi.
“No ano passado, fizemos um remendo, digamos assim”, disse Waché ao PlanetF1. “Um remendo para reduzir um pouco o potencial, torná-lo um pouco mais amplo, mas foi um pequeno remendo. Agora, fizemos o conceito completo do carro nessa direção.”
Apesar do ganho de desempenho, a Red Bull enfrentou problemas durante os testes de pré-temporada no Bahrein, com questões de confiabilidade e dificuldades em correlacionar os dados do túnel de vento com o desempenho na pista. Essa falta de correlação, que afeta o equilíbrio entre a aerodinâmica convencional e o efeito solo, é um desafio comum na Fórmula 1 moderna.
Um fator agravante para a Red Bull é a idade de seu túnel de vento, utilizado desde 2005 e descrito por Christian Horner, chefe da equipe, como uma ‘relíquia da Guerra Fria’. A equipe está construindo uma nova instalação, mas o RB21 foi desenvolvido no antigo túnel. Enquanto isso, equipes como Ferrari e McLaren utilizam túneis de vento mais modernos e não enfrentam os mesmos problemas.
“Não estou confiante”, admitiu Waché sobre a capacidade da equipe de superar esses problemas. “Mas em algum momento, você tem que usar as ferramentas que tem e coletar todas as informações possíveis para tomar decisões”, acrescentou.
Waché também destacou a necessidade de extrapolação dos dados das ferramentas para a pista, um desafio constante para as equipes de Fórmula 1. “A confiança não é de 100%, mas não é um obstáculo. Você tem que usar o que sabe, o que controla, e garantir que a extrapolação funcione o máximo possível, e melhorar a forma como opera suas ferramentas”, finalizou.