Fórmula 1: Piastri acredita em aumento da disputa interna na McLaren

A McLaren vive um momento de ascensão evidente na temporada 2025 da Fórmula 1. A dobradinha conquistada no GP de Miami, com vitória de Oscar Piastri e o segundo lugar de Lando Norris, confirmou o domínio da equipe de Woking diante de Red Bull Racing e Mercedes, e deu ainda mais força à hipótese de que o título deste ano deve ser decidido internamente.

Max Verstappen largou da pole, mas não resistiu ao ritmo dos carros da McLaren. Piastri assumiu a liderança na volta 14, após um pequeno erro do holandês, e logo depois foi a vez de Norris também superá-lo. Dali em diante, a McLaren não foi mais incomodada. George Russell fechou o pódio em P3, com mais de 30 segundos de desvantagem para os líderes. Verstappen cruzou a linha de chegada em quarto.

Ao ser questionado após a corrida sobre a possibilidade de um confronto semelhante ao vivido entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg em 2016, quando ambos disputaram o título pela Mercedes, Norris evitou previsões: “O tempo dirá”, respondeu.

Piastri, no entanto, foi mais direto e reconheceu que o cenário pode sim, caminhar nessa direção: “Dissemos que queremos repetir 2007”, comentou o australiano, fazendo referência à intensa rivalidade entre Hamilton e Fernando Alonso na McLaren naquela temporada. “Não sei. Sabemos claramente onde estão nossas forças. Sempre foi equilibrado entre nós. Vai ser uma boa disputa. Haverá finais de semana em que Lando será mais forte e outros em que eu serei mais forte.”

Líder do campeonato, Piastri acredita que a disputa direta é inevitável. “Estamos muito conscientes de que queremos esse sucesso por muito tempo na McLaren, e ambos temos contratos longos. Sabemos que haverá uma briga. Nós dois queremos ser campeões, obviamente. Mas não queremos só uma chance. Queremos continuar assim por muitos anos, e isso é algo fácil de manter em mente para nós e para toda a equipe”, disse ele.

Sobre o desafio de disputar um título contra o próprio companheiro de equipe, o australiano destacou vantagens e dificuldades. “Em alguns aspectos, sim. Em outros, não. Sabemos praticamente tudo sobre o estilo de pilotagem um do outro. Conhecemos os pontos fortes, talvez até alguns pontos fracos. Temos o mesmo carro, então isso elimina um fator. Mas surgem outras complicações”, acrescentou.

Piastri citou a dificuldade de ultrapassagem com os carros atuais como um fator decisivo. “Se você tem os mesmos pontos fortes e fracos na pista, com o quão difícil é seguir outro carro de perto hoje em dia, nove em cada dez vezes quem estiver na frente na largada vai terminar na frente. Aí entra a estratégia de pit stops e outros fatores que pesam quando se está na mesma equipe. Tem lados bons e ruins”, concluiu o australiano.

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