A Pirelli anunciou uma escolha atípica de compostos de pneus para o GP da Bélgica de Fórmula 1 no próximo final de semana, o que promete dificultar ainda mais o trabalho das equipes em Spa-Francorchamps. Em vez de optar por três compostos consecutivos, como é de praxe, a fornecedora italiana decidiu disponibilizar os pneus C1, C3 e C4, pulando o C2.
Essa decisão representa um desafio extra para todos os times, que terão que lidar com uma janela operacional mais ampla entre os compostos disponíveis. O C1 (duro) será a novidade na seleção deste ano, enquanto o C3 (médio) e o C4 (macio) já foram utilizados na edição anterior da prova.
Simulações indicam que essa combinação deve favorecer uma estratégia de duas paradas, o que pode aumentar o dinamismo da corrida. No entanto, o fim de semana será ainda mais apertado devido à realização da corrida Sprint no sábado. Com isso, as equipes contarão com apenas uma sessão de treinos livres para ajustar seus carros na sexta-feira, o que reduz drasticamente o tempo para encontrar o acerto ideal em meio à variação dos compostos.

Equipes como a Red Bull Racing e a Mercedes podem sentir o impacto mais forte da mudança. A Red Bull, que já costuma ter dificuldade em encontrar a janela ideal de funcionamento dos pneus, precisará adaptar o último pacote de atualizações previsto para Max Verstappen e Yuki Tsunoda às exigências do novo cenário.
Do lado da Mercedes, a preocupação continua sendo o superaquecimento dos pneus traseiros, problema recorrente desde a introdução do novo regulamento de efeito solo em 2022. Embora o carro da equipe alemã tenha se mostrado competitivo em condições ideais, a instabilidade no uso dos compostos de pneus tem limitado seu desempenho.
Com pouco tempo para testes e uma seleção de pneus incomum, o final de semana em Spa promete ser um grande desafio estratégico para todas as equipes do grid da categoria.
