Fórmula 1: Max Verstappen acusa imprensa britânica de parcialidade

Max Verstappen comentou que a imprensa britânica trata ele de forma injusta. Segundo o tetracampeão mundial, existe um suposto “viés por passaporte” na Fórmula 1.

“Às vezes, em situações de corrida, disputas ou certas punições, e na forma como as pessoas enxergam o sucesso e quanto crédito te dão ou não, eu definitivamente sinto que há um viés,” disse o holandês após vencer o Grande Prêmio de São Paulo no ano passado.

“O problema na F1 é que 80 a 85% da mídia é britânica. E eu senti que algumas coisas escritas sobre mim não foram justas. Não vou dizer uma emissora específica, mas tive que rir do que foi dito. Fiquei tipo: ‘Tanto faz’,” completou.

Após a declaração, o ex-piloto Riccardo Patrese acusou Max Verstappen, de estar “reclamando demais” ao afirmar que tem sofrido com um “viés por passaporte” por parte da imprensa britânica.

“Não concordo com ele,” disse Patrese. “(Ele não é criticado) por causa do passaporte. Se (James Hunt fosse) holandês, não acho que teria tido qualquer problema durante a carreira. Acho que ele é especial, soube aproveitar as oportunidades certas e usou todos os recursos que teve à disposição.

“Às vezes, ele não concorda com algumas regras, mas não acho que seja porque ele é holandês e não inglês. Campeões geralmente gostam de reclamar um pouco. Eu sei bem disso porque tive o Nigel (Mansell) na equipe e ele reclamava o tempo todo.”

Apesar das críticas, Verstappen tem apoio do ex-chefe de aerodinâmica da Red Bull. Adrian Newey acredita que a mídia não compreende totalmente o tetracampeão mundial.

“Acho que, do lado de fora, as pessoas não entendem totalmente o Max, assim como não entendiam o Sebastian (Vettel),” disse Newey ao podcast High Performance.

“Existe uma espécie de demonização que ambos sofreram em certos momentos, o que considero muito injusto — e talvez isso tenha um pouco a ver com a mídia britânica, sendo bem sincero.”

“A Sky tem uma influência enorme no mundo todo, seu alcance é verdadeiramente internacional, mas a cobertura deles é bastante nacionalista, se me permite dizer. E isso pode ter impacto. É algo que, no jornalismo atual, há uma tendência de colocar as pessoas num pedestal ou derrubá-las,” finalizou.

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