Fórmula 1: Magnussen revela depressão após perder vaga na McLaren em 2015

Kevin Magnussen, ex-piloto da Haas, revelou que enfrentou um período de depressão após ser preterido pela McLaren na temporada 2015 da Fórmula 1, mesmo com o apoio da maioria do conselho da equipe. O dinamarquês abriu o jogo sobre o momento delicado da carreira em entrevista à revista Motor Sport Magazine.

Na época, Magnussen havia impressionado em sua estreia pela McLaren em 2014, conquistando um segundo lugar no GP da Austrália – tornando-se o primeiro estreante a subir ao pódio em sua primeira corrida desde Jacques Villeneuve em 1996. Ao final da temporada, o dinamarquês somava 55 pontos contra 126 de seu companheiro de equipe Jenson Button.

Sete dos nove membros do conselho da McLaren, incluindo o então CEO Ron Dennis, preferiam manter Magnussen como titular em 2015, ao lado de Fernando Alonso. No entanto, os acionistas majoritários Mansour Ojjeh e Shaikh Mohammed Bin Essa Al Khalifa exerceram seu poder de veto para manter Button no time.

“Fiquei deprimido em 2015”, disse Magnussen. “Não me importo de admitir isso. Eu vivia para correr, e não estava correndo. Juntos, Mohammed e Mansour tinham uma participação majoritária, então eles usaram esse poder para anular todos os outros, incluindo Ron, que tinha votado em mim, e em 2015 acabei sendo o piloto de reserva, o que significava nada realmente.”

“Mas Ron disse: ‘Confie em mim, você correrá por nós em 2016, ou talvez até antes do final da temporada de 2015.’ E, honestamente, acho que ele estava sendo sincero. Esse realmente era o plano dele para mim.”

Quando Alonso se machucou nos testes pré-temporada de 2015, Magnussen foi chamado para substituí-lo na abertura, mas o novo motor Honda falhou a caminho do grid em Melbourne. O dinamarquês acabou liberado ao final da temporada. Em 2016, recusou uma oferta da Williams após novas garantias não cumpridas pela equipe de Woking. “Tive uma oferta para fazer algumas corridas de Super Fórmula no Japão, o que teria sido legal, mas Ron disse que eu não deveria”, continuou o dinamarquês.

“Em 2016, quando Stoffel era o piloto de reserva da McLaren, Ron deixou ele correr na Super Fórmula, e ele adorou, vencendo algumas corridas, então não sei por que Ron não me permitiu fazer a mesma coisa no ano anterior, mas de qualquer forma ele não permitiu”, concluiu Magnussen.

O dinamarquês acabou fazendo a temporada 2016 pela Renault. No ano seguinte, assinou com a Haas, que foi sua equipe até 2024, com uma pausa em 2021.

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