Neste ano, a Red Bull teve dificuldades na escolha do piloto para a segunda vaga ao lado de Max Verstappen.
Isack Hadjar, uma das maiores promessas da academia da equipe e atual piloto da Racing Bulls, afirmou que ainda não se sente pronto para assumir esse desafio.
“É um pouco assustador, eu não me sentiria pronto”, disse ele à Sky Sports F1. “Estou só com nove corridas e parece ser complicado, olhando o que aconteceu com o Yuki e o Liam, que são pilotos de muita qualidade. Não estou muito preparado, mas claro que atenderia ao chamado.”
Hadjar está mostrando um bom desempenho na temporada de estreia e já marcou 21 pontos, mais do que Liam Lawson e Yuki Tsunoda já somaram.
Lawson chegou a ser promovido à Red Bull no início deste ano, mas foi rebaixado após apenas duas corridas. Tsunoda, assumiu seu lugar, mas também tem enfrentado dificuldades, ele somou apenas 7 pontos em oito etapas, enquanto Verstappen venceu duas vezes e foi segundo lugar em duas etapas. Apesar disso, Helmut Marko garantiu que Tsunoda irá permanecer até o fim do ano na Red Bull. O contrato do japonês termina em 2025.
Quando perguntado se concordava com a ideia de que uma promoção precoce seria complicada, Hadjar respondeu:” É justo dizer isso, porque Liam e Yuki são pilotos de qualidade, então é normal pensar assim. Só fico curioso, essa é a única palavra que posso usar, sobre como seria estar ao lado do Max.”
“Com certeza, não me sinto pronto, isso é um fato. É bom ganhar experiência onde estou. Estou curtindo muito cada final de semana, aprendendo bastante. É um carro que gosto de pilotar. Vamos ver no futuro. Mas obviamente, como piloto júnior da Red Bull, o caminho natural é chegar lá,” completou.
Verstappen já marcou 155 dos 162 pontos da equipe até agora e segue na disputa pelo seu quinto título consecutivo. Mas, sem um segundo piloto consistente, o título de construtores para Red Bull parece fora de alcance.
O carro RB21 tem se mostrado difícil de pilotar, e tanto Lawson quanto Tsunoda enfrentaram dificuldades com ele. E o desafio para encontrar um bom companheiro de equipe e que esteja à altura de Verstappen não é algo novo: antes de Sergio Perez, que caiu de rendimento em 2023 e foi substituído no fim da temporada de 2024, também passaram nomes como Alex Albon e Pierre Gasly.
Uma nova troca no meio da temporada poderia não só abalar ainda mais a confiança de Tsunoda, como também interromper o bom momento que Hadjar vive em seu primeiro ano na Fórmula 1.