A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) intensificará a fiscalização das asas traseiras das equipes de Fórmula 1, já no Grande Prêmio da Austrália, que abre a temporada. A medida surge após preocupações levantadas pela Red Bull Racing durante os testes de pré-temporada no Bahrein.
Depois de analisar vídeos onboard, a Red Bull expressou suspeitas de que algumas equipes estariam utilizando asas traseiras com flexibilidade além do permitido pelos regulamentos técnicos. A FIA já havia implementado mudanças durante o intervalo entre as temporadas para reduzir a flexibilidade das asas traseiras, um tema amplamente discutido na temporada passada.
Segundo o site Autoracer.it, uma diretiva técnica atualizada foi enviada às equipes para abordar essas questões. A partir de Melbourne, as equipes deverão fornecer alojamentos para câmeras da FIA, que monitorarão as asas traseiras durante as atividades na pista. A FIA também utilizará adesivos de referência para rastrear movimentos considerados irregulares.
As acusações da Red Bull se referem ao uso do chamado ‘mini-DRS’, onde a aba da asa traseira flexiona ligeiramente em altas velocidades. Essa prática foi observada no carro da McLaren em Baku no ano passado, após a vitória de Oscar Piastri. A McLaren concordou em modificar a configuração e testes mais rigorosos foram introduzidos para a nova temporada.
No entanto, a questão voltou à tona durante os testes no Bahrein, levando a FIA a implementar novas medidas que prometem gerar debates antes do início da temporada. A flexibilidade das asas dianteiras também está sob investigação da FIA, com testes mais rigorosos programados para o GP da Espanha ainda este ano.