Lando Norris dominou a maior parte do GP da Austrália de Fórmula 1 e garantiu a primeira vitória da McLaren na temporada. No entanto, o britânico precisou segurar um forte ataque de Max Verstappen nas voltas finais, com o holandês chegando a menos de um segundo de diferença na linha de chegada. O chefe da equipe de Woking, Andrea Stella, analisou o desempenho de ambos os pilotos e destacou os fatores que fizeram a diferença ao longo da corrida.
Durante a prova, os carros da McLaren chegaram a abrir uma vantagem de 16 segundos sobre Verstappen. No entanto, o piloto da Red Bull reduziu essa diferença nas voltas finais e colocou pressão sobre Norris até o último metro. “É o Verstappen e a Red Bull. Eles sabem como construir carros rápidos, sabem como correr e são fortes nessas condições instáveis e variáveis”, comentou Stella. “Então, não foi surpresa ver Verstappen tão próximo de nós e lutando pela vitória até o fim”.
O chefe da McLaren explicou que um dos fatores determinantes para a corrida foi a gestão dos pneus. Segundo Stella, Norris conseguiu preservar os compostos melhor do que Verstappen, especialmente na primeira parte da corrida. “Acho que, no início, para tentar acompanhar Lando, Max pode ter forçado um pouco demais os pneus, e isso fez com que ele perdesse desempenho. No primeiro stint, conseguimos abrir uma diferença equivalente a uma janela de pit stop”.
Mesmo com o bom resultado da McLaren, Stella evitou tirar conclusões definitivas sobre o real equilíbrio de forças entre as equipes neste início de temporada. “Todo piloto que disputa vitórias tenta testar os limites e ver o que acontece com os pneus. Então, no geral, não foi uma surpresa, mas ainda precisamos analisar algumas corridas para realmente entender o cenário da competitividade”.
Outro fator que complicou a vida de Norris na parte final da corrida foi um dano significativo no assoalho do carro, que reduziu a eficiência aerodinâmica do MCL39. “Nas voltas finais, tivemos um problema com o carro do Lando. Ele sofreu danos consideráveis no assoalho, o que fez com que perdesse desempenho aerodinâmico e não conseguisse usar todo o potencial do carro. Isso deixou a situação mais tensa do que deveria ser”, revelou Stella.
Para o chefe da McLaren, o verdadeiro desempenho do carro ficou evidente com Oscar Piastri, que conseguiu recuperar posições rapidamente após um erro anterior na corrida. “Vimos o quão forte o carro estava com Oscar. Em poucas voltas, ele conseguiu recuperar três ou quatro posições. Em condições normais, Lando não teria tanta dificuldade para segurar a liderança”, concluiu.
A Fórmula 1 retorna daqui a duas semanas com o GP da China, que marcará a primeira Sprint da temporada. A expectativa agora é ver se a McLaren conseguirá manter o nível de performance diante da Red Bull e das demais rivais.
O F1MANIA.NET acompanha o GP da Austrália ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.