Fernando Alonso expressou sua opinião sobre o debate crescente em torno do possível retorno dos motores V10 à Fórmula 1, comparando a ideia, a correr com os carros atuais ‘sem o Halo’. O piloto espanhol, único no grid atual que correu na era dos V10, acredita que essa mudança não seria a melhor para a categoria.
A discussão sobre o retorno dos V10 surgiu com a iminente mudança para os motores V6 híbridos alterados em 2026. As novas regras, que visam um equilíbrio de 50/50 entre o motor a combustão interna e os componentes elétricos, levantaram a questão de se a F1 poderia reintroduzir os V10, que deixaram de ser usados em 2005, ano em que Alonso conquistou seu primeiro título de pilotos.
No entanto, os fabricantes de motores (OEMs) rapidamente descartaram a possibilidade de abandonar as mudanças planejadas para o próximo ano, citando os recursos e o tempo investidos em seu desenvolvimento. A FIA também minimizou qualquer falta de entusiasmo em relação aos novos motores.
Alonso, apesar de sua experiência com os V10, apoiou a posição contrária ao retorno. “Obviamente, amo a era dos V10 e dos V8 também, e o som daqueles carros que todos sentimos falta”, disse ele. “Mas estamos em um mundo diferente agora. A tecnologia evoluiu e agora temos motores incrivelmente eficientes que usam cerca de um terço do combustível que usávamos.”
O bicampeão de F1 argumentou que a categoria não pode ‘ir contra o tempo e a era híbrida’. Ele comparou a ideia de retornar aos V10 a correr sem o Halo, destacando a importância da eficiência e da segurança do equipamento. “É como dizer que poderíamos correr sem o Halo e tornar os carros mais perigosos, criando assim mais adrenalina para os fãs. Não faz sentido”, afirmou.
Alonso também destacou que a decisão sobre o futuro dos motores da F1 cabe à alta administração da categoria, incluindo a FOM, a FIA e os fabricantes. Ele acrescentou que os pilotos apenas querem correr com os carros mais rápidos possíveis, independentemente do motor.
Embora muitos fãs da F1 comecem a pedir o retorno dos V10, devido ao som característico, Alonso acredita que a voz dos fãs não será suficiente para mudar a direção atual da categoria.