F1: Wolff defende Russell após punição por manobra ilegal em Mônaco

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, defendeu George Russell após o piloto britânico ter sido punido com um drive-through durante o GP de Mônaco de Fórmula 1, por ultrapassar Alex Albon de maneira irregular. O incidente aconteceu na volta 50, quando Russell contornou a área de escape na curva 10 e superou Albon, alegando que estava tentando evitar uma colisão, já que o piloto da Williams estaria deliberadamente desacelerando.

De acordo com Wolff, a manobra foi resultado de uma tentativa de buscar uma alternativa em um circuito conhecido pela extrema dificuldade de ultrapassagem. “A quantidade de redução de ritmo estava pegando George e Kimi (Antonelli) de surpresa”, disse Wolff. “Acho que o Kimi quase bateu em um dos carros da Williams na freada. Quando você anda 5,5 segundos mais lento, a pista muda, os pontos de frenagem mudam”.

O chefe da Mercedes classificou a decisão de Russell como ‘um momento de frustração’. O piloto, ao ser instruído a devolver a posição, respondeu dizendo que preferia ‘assumir a penalização’ e tentaria abrir vantagem sobre Albon. Mas os comissários aplicaram a penalidade mais severa: um drive-through. “Sabíamos que poderia ser essa a punição, torcíamos por dez segundos, mas no fim não mudou nada”, afirmou Wolff.

Um ponto curioso revelado por Wolff, foi uma mensagem enviada por James Vowles, chefe da Williams e ex-integrante da equipe Mercedes. Durante a prova, Vowles teria se desculpado com Wolff pela estratégia adotada pela Williams, que envolveu segurar o ritmo de Albon para beneficiar o companheiro de equipe, Carlos Sainz.

Sobre a própria estratégia da Mercedes, Wolff revelou que chegou a sugerir duas paradas antecipadas para tentar ganhar posições posteriormente. No entanto, foi convencido pela equipe de estratégia de que essa abordagem não funcionaria no traçado monegasco. “Tivemos uma discussão interessante na manhã da corrida. Eu disse: ‘Vamos fazer isso, parar cedo e recuperar depois’. Mas as pessoas mais inteligentes da nossa equipe mostraram que em Mônaco isso não funcionaria”, concluiu o chefe da Mercedes.