A Mercedes viveu um domingo frustrante no GP da Inglaterra após uma série de decisões de estratégia que o chefe da equipe, Toto Wolff, classificou como “terrivelmente erradas” e “catastróficas”. George Russell, que largou em quarto, terminou apenas na décima posição, enquanto o estreante Kimi Antonelli abandonou a corrida após ser atingido por Isack Hadjar, da Racing Bulls.
A equipe foi uma das que arriscou colocar pneus de pista seca para a largada. Com isso, Russell acabou perdendo várias posições antes mesmo da largada e ainda foi prejudicado durante a primeira parte da prova, já que a pista se encontrava muito molhada e a chuva não demorou a cair novamente no circuito de Silverstone.
Depois, o britânico tentou novamente os compostos secos, mas ainda era cedo e ele acabou rodando em pista. “Foi uma sucessão de erros”, admitiu Wolff. “A primeira decisão, seja do piloto ou do pit wall, foi terrivelmente errada e nos colocou em uma espiral de mal a pior.
Já Kimi Antonelli teve uma prova ainda mais complicada. O novato foi atingido por trás por Isack Hadjar em uma curva de baixa visibilidade, sofrendo danos significativos no difusor. “Perdemos cerca de 40 pontos de downforce, algo crítico”, explicou Wolff. “Não havia como continuar, então optamos por retirar o carro.”
Antonelli atribuiu o desempenho ruim principalmente a falhas da equipe. Mas Wolff defendeu o posicionamento da Mercedes: “Tomamos escolhas ousadas que funcionaram em seis ou sete de cada dez vezes. O problema hoje não foi a ousadia, mas o julgamento completamente equivocado”, disse.
Com o resultado em Silverstone, a Mercedes viu a Ferrari abrir 12 pontos de vantagem no campeonato de construtores. As duas equipes brigam pela vice-liderança da tabela e, antes do GP da Inglaterra, se encontravam separadas por apenas um ponto.
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