O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou que “nunca” houve planos concretos para contratar Max Verstappen como substituto de Lewis Hamilton na equipe. A declaração ocorreu após rumores de que o holandês, tetracampeão mundial, poderia ser o alvo principal da equipe alemã para a temporada de 2025.
Hamilton anunciou no início de 2024 que deixaria a Mercedes ao final do ano, encerrando uma parceria histórica que rendeu múltiplos títulos mundiais. Sua saída abriu caminho para Andrea Kimi Antonelli, jovem piloto da academia da equipe.
“Decidi cinco minutos depois que Lewis Hamilton me contou que iria para a Ferrari”, revelou o austríaco à Auto Motor und Sport, destacando a confiança no talento emergente de Antonelli.
“Nunca houve um plano [de contratar Verstappen]. Sempre conversamos e mantivemos a linha de comunicação aberta,” acrescentou o austríaco”.
“Em algum momento, ele disse que queria permanecer onde estava por enquanto, porque isso parecia certo para ele. E eu disse que seguiríamos com Kimi porque isso também parecia certo para nós. Agora veremos para onde isso nos leva.”
Apesar de estar comprometido com a Red Bull até 2028, Verstappen conta com uma cláusula de desempenho em seu contrato, conforme revelou Christian Horner, chefe da equipe austríaca. Segundo o The Times, essa cláusula permite que o piloto avalie outras opções caso fique fora do top 3 do campeonato após uma “parte significativa” da temporada de 2025.
Essa possibilidade reacende especulações sobre uma mudança no futuro. O CEO da Mercedes, Ola Kallenius, já indicou que a chegada de Verstappen à equipe não é descartada, especialmente com as mudanças no regulamento técnico previstas para 2026.
“O melhor piloto quer ter o melhor carro. E esse é nosso trabalho, montar o melhor pacote,” disse ele à Sky Germany.
“As cartas serão redistribuídas em 2026. Nova ordem com novas regras. Isso também é uma oportunidade. Quem sabe? Mas acho que Max ficaria bem de prata, não ficaria?”
Apesar das especulações, Verstappen reforçou sua satisfação na Red Bull, equipe com a qual conquistou todos os seus títulos. O piloto ressaltou que vê a equipe como uma segunda família e que qualquer decisão sobre uma possível mudança seria tomada com extrema cautela. “Conquistei muito sucesso com [a Red Bull] e isso simplesmente parece uma segunda família”, disse à Viaplay.
“Não dá para considerar sair assim tão rápido. Não é como se eu acordasse e dissesse: ‘sim, no próximo ano está decidido’”.
“Eu não sou alguém que muda de ideia de um lado para o outro muito rapidamente. Então, realmente é preciso pensar muito bem nessas coisas, se você quer fazer isso.”