Peter Windsor apontou a Red Bull como principal responsável pelo polêmico incidente entre Max Verstappen e George Russell no GP da Espanha, no último domingo (1º). Em seu canal no YouTube, o ex-dirigente afirmou que a decisão de colocar o holandês com pneus duros durante um safety car foi o estopim para a sequência de eventos no final da corrida.
“Já dava para ouvir o pânico na voz de Max”, disse Windsor. “A Red Bull respondeu: ‘Ah, são pneus duros, Max.’ Ele retrucou: ‘Por que estou com pneus duros?’, e disseram que não havia outra opção.”
Windsor destacou a contradição com os dados que a Pirelli, fornecedora de pneus, apresentou: “A Pirelli afirmou claramente antes da corrida que Verstappen tinha três conjuntos de macios usados disponíveis. Ou eles erraram, ou a Red Bull mentiu”, afirmou ele.
Porém, as críticas de Windsor não se resumiram somente à Red Bull. Ele também falou sobre Charles Leclerc na relargada. “Ele fechou Max a 330 km/h antes da curva 1. Pela imagem aérea, foi uma ação deliberada – uma das coisas mais perigosas que vi desde o incidente de [Lance] Stroll com [Fernando] Alonso em Austin.”
Sobre a colisão entre o piloto da Red Bull e o britânico da Mercedes, ele disse que a reação de Verstappen foi compreensível. “Os fiscais da FIA analisaram a situação [com Russell na curva 1] e decidiram não tomar medidas. Não havia necessidade de dizer a Max para ceder a posição a George. Claro, aí vieram os ‘santinhos’ e os cínicos dizendo que Max deveria ser punido, que ‘era típico do Verstappen’. Para mim, foi só o reflexo de tudo o que aconteceu com ele naquela tarde.
“O verdadeiro culpado, no final, foi a própria Red Bull. Até agora, ainda estou pasmo com a decisão deles de chamá-lo para os boxes”, finalizou Windsor.