O chefe da Williams, James Vowles, respondeu aos elogios feitos por George Russell sobre o potencial da equipe para a temporada 2026 da Fórmula 1, mas fez questão de manter o pé no chão ao reconhecer que ainda há uma distância significativa para rivais como a Mercedes.
Russell, atualmente piloto da equipe alemã e ex-Williams, afirmou que a equipe de Grove pode se tornar uma das forças com o novo regulamento técnico em 2026. Segundo ele, algumas concorrentes, incluindo a Williams, já demonstram forte comprometimento com a nova era da Fórmula 1, o que pode gerar surpresas no futuro.
Apesar do voto de confiança, Vowles foi direto ao comentar a realidade atual da equipe. “Acho que foi gentil da parte dele, mas há um ‘porém’,” disse o britânico ao site The Race. “Se você considerar a eficiência por minuto que se pode dedicar a certas infraestruturas, incluindo túnel de vento, ainda não estamos onde deveríamos.”
No momento em quinto lugar no campeonato de construtores, a Williams tem como pilares os pilotos Alex Albon e Carlos Sainz. A meta de Vowles, no entanto, vai além da briga no pelotão intermediário. Com novo contrato até 2028, ele mira o título, algo que a equipe não conquista desde 1997.
“O objetivo é ser campeão novamente. Eu não vim para cá para ficar no meio do grid”, disse ele. “Hoje estamos muito longe disso, mas todo o investimento que estamos fazendo é com esse propósito. Não é para ser terceiro ou quarto, é para vencer.”
Segundo Vowles, os novos regulamentos de 2026 representam uma chance real de recomeço, mas os obstáculos estruturais ainda pesam. “É uma folha em branco, e por isso há uma oportunidade. Mas as ineficiências que ainda carregamos não serão resolvidas tão rapidamente. Estamos avançando, mas não rápido o suficiente para 2026”, acrescentou.
Ele também destacou que, embora a Williams possa ter alguma vantagem inicial no ciclo de desenvolvimento, esse diferencial pode ser facilmente neutralizado por outras equipes com estruturas mais robustas. “Teremos um pequeno avanço com as novas regras e o sistema de ATR, mas não o suficiente para que os outros não nos alcancem”, completou Vowles.
A Williams continua em reconstrução, agora sob a liderança de Vowles, que reforça uma visão de longo prazo, retornar ao topo da Fórmula 1. A caminhada, no entanto, segue repleta de desafios.