F1: Vettel vê futuro incerto da Red Bull, mas confia na estrutura da equipe

Sebastian Vettel acredita que a Red Bull Racing pode enfrentar um caminho mais complicado nos próximos anos, especialmente com a saída de Adrian Newey e a mudança no fornecimento de motores a partir de 2026. Ainda assim, o tetracampeão de Fórmula 1 e ex-piloto da equipe, vê a estrutura da equipe como sólida e capaz de reagir aos desafios.

“O que está acontecendo não se resume apenas à infraestrutura ou ao pessoal”, disse Vettel no programa Sport am Sonntag, da emissora alemã RTL. “Em termos estruturais e de pessoal, acredito que a Red Bull está em uma posição muito boa.”

Com a saída de Newey, considerada uma das peças-chave na era de domínio da equipe, a Red Bull perdeu parte de seu brilho técnico. A performance atual tem sido sustentada principalmente pelo talento de Max Verstappen, segundo o também ex-piloto de F1, Robert Doornbos: “Se não fosse Max, já seriam uma equipe de meio de pelotão, ou até mais atrás. Ele faz milagre após milagre, mas em algum momento isso vai acabar.”

A partir de 2026, a Red Bull deixará de contar com os motores Honda, que serão fornecidos para a Aston Martin, e passará a utilizar unidades de potência próprias, desenvolvidas em parceria com a Ford, através da Red Bull Powertrains-Ford. Para Vettel, essa transição representa um grande ponto de interrogação: “Pode dar certo, mas também pode se tornar algo mais difícil nos próximos anos.”

Vettel, que conquistou seus quatro títulos consecutivos na F1 com a Red Bull entre 2010 e 2013, também comentou sobre o atual momento competitivo da equipe, destacando a ascensão da McLaren: “A McLaren tem se desenvolvido muito bem recentemente. A Red Bull já não é mais a força dominante de antes, mas Max e a equipe ainda estão próximos do topo.”

O alemão de 37 anos também voltou a ser ligado a um possível retorno à Red Bull em um cargo de bastidor, possivelmente no lugar de Helmut Marko, que hoje ocupa uma função consultiva. “Vamos ver qual função isso poderia ser”, comentou Vettel. No entanto, ele fez questão de destacar a importância de Marko para o time: “Helmut é insubstituível, digamos assim. Que figura. Ele contribuiu enormemente desde 2005”, disse Vettel.

F1 2024, Fórmula 1, GP de São Paulo, Interlagos, Brasil
Foto: XPB Images

Sobre os rumores de uma possível aposentadoria de Marko, Vettel reconheceu que a idade pode influenciar, mas reforçou sua admiração: “Ele é um realista completo. Sei muito bem como é essa posição e ele sabe o que faz. Ainda posso aprender muito com ele. Mas também é possível que sua função seja ocupada de outra forma”, acrescentou.

Por fim, ao ser questionado sobre a liderança de Christian Horner em meio aos atuais desafios da equipe, Vettel foi cauteloso: “Não sei. Estou longe da equipe há muito tempo. Ainda há alguns engenheiros da minha época e mantenho contato com Christian, mas sei que muita coisa mudou desde então. A equipe ficou ainda maior”, finalizou o ex-piloto, sem entrar em muitos detalhes.



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