A Fórmula 1 pode estar prestes a testemunhar uma das transferências mais impactantes da era moderna. Segundo informações divulgadas pela emissora italiana Sky, Max Verstappen teria dado sinal verde para uma mudança à Mercedes a partir da temporada 2026. O atual tetracampeão mundial, que possui contrato com a Red Bull até o fim de 2028, estaria inclinado a aceitar a proposta feita por Toto Wolff, chefe da equipe alemã.
A notícia, que ganhou força no paddock neste fim de semana do GP da Áustria, aponta que o negócio ainda depende da aprovação final do conselho diretivo da Mercedes. Uma parte da alta cúpula da marca alemã estaria cautelosa com o investimento, já que as novas regras técnicas e esportivas previstas para 2026 podem alterar o equilíbrio de forças na F1 e permitir que a equipe tenha um carro competitivo independentemente da dupla de pilotos escolhida.
Mesmo assim, a possível chegada de Verstappen seria um verdadeiro “retorno de uma chama antiga”. Em 2014, quando o holandês ainda disputava sua primeira temporada na Fórmula 3 Europeia, Wolff tentou garantir sua entrada na academia de pilotos da Mercedes. No entanto, a Red Bull, liderada por Helmut Marko, ofereceu não só um lugar em seu programa de desenvolvimento, como também um assento direto na Toro Rosso já para 2015.

O resto é história: Verstappen estreou na F1 aos 17 anos, venceu sua primeira corrida logo na estreia pela Red Bull em 2016, em Barcelona, e conquistou seu primeiro título em 2021. Desde então, acumulou outros três campeonatos e se consolidou como um dos maiores nomes da categoria. Agora, ele pode iniciar um novo capítulo de sua carreira com a equipe que foi sua maior rival nos últimos anos.
A possível mudança do holandês também levanta dúvidas sobre o futuro de George Russell. O britânico, que atualmente divide a garagem da Mercedes com Kimi Antonelli, está em negociações para renovar seu contrato, com valores especulados em torno de 35 milhões de euros por temporada. Apesar de Wolff ter elogiado repetidamente o desempenho e a postura de Russell, a chance de contar com Verstappen no time é vista como uma oportunidade difícil de ignorar.

Caso o acordo com o holandês seja confirmado, Russell ficaria livre no mercado, criando um possível efeito dominó na dança das cadeiras da F1. Tanto a Red Bull quanto a Aston Martin estariam atentas à situação, de olho em uma chance de contratar o britânico para reforçar seus respectivos projetos.
O cenário reforça como o mercado de pilotos para 2026 pode ser ainda mais movimentado do que se imaginava, especialmente com a introdução do novo regulamento técnico e a reconfiguração das unidades de potência da Fórmula 1. Resta saber se a Mercedes conseguirá convencer seu conselho a dar o aval para a investida mais ambiciosa desde a chegada de Lewis Hamilton, e se Verstappen de fato deixará a Red Bull após uma década de parceria de sucesso.