F1: Verstappen discorda de Sainz sobre o calendário da categoria

Max Verstappen se posicionou contra a direção que a Fórmula 1 tem seguido em relação à expansão do calendário. O tetracampeão afirmou que gostaria de ver um número menor de corridas por temporada e defendeu que certos circuitos deveriam ter ‘status especial’ e presença garantida no campeonato.

A temporada de 2026 contará novamente com 24 etapas, incluindo a estreia do GP de Madrid, em um circuito urbano ainda em construção, que ocupará o lugar da corrida em Ímola. A saída da tradicional pista italiana gerou reações negativas entre vários pilotos, inclusive de Verstappen, que a classificou como uma de suas preferidas.

Em entrevista à revista Formule 1, o piloto da Red Bull Racing foi direto ao afirmar que há pistas que devem ser consideradas intocáveis por sua relevância esportiva. “Se fosse por mim, o calendário seria muito diferente e teria menos corridas. Circuitos que merecem um ‘status separado’ e sempre deveriam estar na F1, com base puramente esportiva, são Spa-Francorchamps, Zandvoort, Silverstone, Ímola, Suzuka e Interlagos.”

A opinião de Verstappen contrasta com a de Carlos Sainz, que tem papel de embaixador do futuro circuito de Madrid. O espanhol vê com bons olhos a entrada de novas pistas, desde que ofereçam ‘personalidade’ e se adaptem aos padrões modernos da categoria.

Carlos Sainz (ESP) Atlassian Williams Racing.
Foto: XPB Images

“Sou fã de termos uma pista em Madrid, mas desde que tenha ‘personalidade’. Austin é um ótimo exemplo. Vai se tornar um clássico da F1. Não vejo problema com novos circuitos, desde que tenham essa identidade. A Europa também precisa se adaptar e criar eventos à altura dos padrões modernos, como vemos no México ou em Miami”, afirmou o piloto da Williams.

Enquanto Sainz defende a evolução comercial da categoria e a expansão para novos mercados, Verstappen destaca a importância de manter viva a essência esportiva da F1, que segundo ele, está enraizada em pistas clássicas com história e desafios técnicos.

O debate ganha força em um momento em que o número de etapas bate recordes, e circuitos tradicionais correm o risco de perder espaço para locais que oferecem maior retorno financeiro e potencial de evento. Para Verstappen, esse caminho pode custar caro à autenticidade da Fórmula 1.

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