O ex-piloto de Fórmula 1 Robert Doornbos, acredita que Max Verstappen está próximo de encerrar sua trajetória na Red Bull Racing. Em sua análise, o tetracampeão poderá seguir na categoria, mas em uma nova equipe, e a Mercedes desponta como destino mais provável.
“Ele não está acabado com a Fórmula 1”, afirmou Doornbos no podcast Pit the Talk, ao comentar os rumores sobre uma possível aposentadoria de Verstappen. “Talvez ele esteja sim acabado com a Red Bull. Essa história, esse conto de fadas pode ter chegado ao fim. Foi uma trajetória linda, pois ele venceu sua primeira corrida lá, conquistou quatro títulos e teve um papel decisivo nos campeonatos de construtores. Na prática, quase ganhou sozinho.”
Apesar do sucesso do holandês com a Red Bull, Doornbos acredita que os tempos de glória não irão se repetir: “Se ele sair, será um desastre para a Red Bull. Vai ser difícil preencher esse espaço. Mas vejo Max indo para uma equipe com ferramentas para vencer mais campeonatos. Não acredito que a Red Bull ganhará mais quatro ou cinco títulos nos próximos oito anos. Isso deve vir de outra equipe”, disse ele.
Questionado sobre qual equipe teria esse potencial, Doornbos foi direto: “O que a Mercedes está fazendo com seu programa de motores é de outro nível. Mesmo com o teto orçamentário, eles conseguem investir mais 200 ou 300 milhões de dólares no desenvolvimento, porque esse motor também serve para seus carros de rua. A Ferrari também pode fazer isso, mas se olharmos os fatos, a Mercedes tem historicamente saído na frente em novas regulamentações”, acrescentou.

Ele ainda lembrou a temporada de 2014, quando a Mercedes dominou o início da era híbrida com um motor muito superior à concorrência, a ponto de precisar reduzir sua potência para não gerar suspeitas. Doornbos vê cenário semelhante se formando para 2026, com os novos regulamentos previstos para o próximo ano.
Com essa perspectiva, o futuro de George Russell também entra em pauta. “George talvez precise abrir espaço se Max for para lá. Ele não tem contrato para o próximo ano. Está fazendo um bom trabalho este ano e colocando pressão sobre Toto (Wolff, chefe da Mercedes), porque agora está vencendo corridas. Até quando ele pode ser deixado de lado?”, encerrou.