Max Verstappen criticou a tentativa da FIA de limitar o uso de palavrões nos rádios das equipes, nas transmissões de TV dos GPs da Fórmula 1. A polêmica surgiu após o aumento do número de comunicações entre pilotos e equipes sendo transmitidas ao vivo, o que levou a FIA a pedir à FOM (Formula One Management) que reduzisse a exibição de mensagens com linguagem imprópria.
Embora os palavrões sejam censurados durante as transmissões, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, acredita que os pilotos devem ser mais responsáveis com suas palavras, destacando que eles são modelos a serem seguidos. Ben Sulayem chegou a comparar a situação com a música rap, afirmando que o uso excessivo de palavrões não condiz com o ambiente do automobilismo.
Verstappen, por outro lado, defendeu que o foco da questão não deveria estar nos pilotos, mas na forma como a FOM decide o que é transmitido ao público. “As pessoas xingam, algumas mais que outras. Depende da língua também”, disse o piloto da Red Bull Racing, argumentando que, em outros esportes, o público não tem acesso ao que os atletas dizem em momentos de adrenalina. “Se não fosse transmitido, ninguém saberia. Apenas a equipe. E isso seria resolvido internamente”, disse ele.
Para o holandês, uma solução seria aplicar um atraso na transmissão para que certos conteúdos pudessem ser censurados antes de serem exibidos. Ele também ironizou a preocupação com os palavrões, dizendo que crianças inevitavelmente aprenderão esse tipo de linguagem. “Estamos falando de crianças de cinco ou seis anos? Elas vão acabar aprendendo palavrões de qualquer forma”, concluiu Verstappen.
A questão levanta debates sobre o equilíbrio entre a espontaneidade dos pilotos e a responsabilidade nas transmissões de um esporte que atrai um público diverso, incluindo famílias e crianças.
O F1MANIA.NET acompanha ‘in loco’ todas as atividades do GP de Singapura com o jornalista Rodrigo França.