F1: Verstappen controla ritmo e garante 14ª vitória de 2022 no GP do México

Max Verstappen conseguiu mais uma vez. No GP do México deste domingo (30), o holandês controlou o ritmo durante todas as voltas e conseguiu a 14ª vitória da temporada, tornando-se recordista de mais triunfos em um só ano.

A corrida no Autódromo Hermanos Rodríguez aconteceu sem grandes problemas ou intervenção do safety-car. Apenas um momento de carro de segurança virtual se fez necessário no final por conta de Fernando Alonso.

Com isso, o bicampeão da Red Bull não teve problemas para conseguir cruzar a linha de chegada na primeira colocação sem ameaçados dos demais adversários – ainda, deu uma volta em cima do sétimo colocado.

Quem cruzou a linha de chegada na segunda colocação foi Lewis Hamilton e Sergio Pérez, para alegria da torcida caseira, completou o pódio na Cidade do México. George Russell e Carlos Sainz completaram o top-5.

Saiba como foi o GP do México da F1:

A F1 se preparava para mais uma largada. No Autódromo Hermanos Rodríguez, o termômetro indicava 24ºC e o asfalto batia 44ºC, enquanto a chance de chuva para o período da prova rodava os 40%.

Antes do início da disputa, o carro de Kevin Magnussen apresentou problemas na caixa de câmbio. A Haas teve de trabalhar contra o relógio para deixar tudo ajustado para o dinamarquês conseguir alinhar no grid.

Quem alinhava na pole-position da corrida era Max Verstappen, sua sexta na temporada e primeira no México. O holandês tinha a missão de vencer a 20ª etapa e, assim, bater o recorde de maior número de triunfos no mesmo ano – 14.

Quem saía ao lado do titular da Red Bull na primeira fila era George Russell. Lewis Hamilton alinhou na terceira colocação, enquanto o piloto da casa, Sergio Pérez, aparecia na quarta colocação.

Para o início da prova, Verstappen, Pérez, Carlos Sainz, Charles Leclerc, Yuki Tsunoda, Mick Schumacher, Sebastian Vettel e Nicholas Latifi optaram por pneus macios, enquanto todo o resto vai de médio. A Pirelli aposta para duas paradas.

O bicampeão conseguiu largar bem e manteve a primeira colocação enquanto a dupla da Mercedes engajou em uma boa briga com Hamilton levando a melhor e pulando para segundo. Quem também passou Russell foi Pérez.

O piloto que mais ganhou colocações desde a largada foi Lance Stroll. Após alinhar na 20ª, e última, posição, o canadense da Aston Martin conseguiu se colocar em 15º, ganhando cinco postos.

Ao final da primeira volta, a ordem na pista era Verstappen na liderança, seguido por Hamilton, Pérez, Russell e Sainz completando os cinco primeiros.

O competidor da Red Bull já estava se desprendendo sem problemas na ponta. No terceiro giro, anotou a melhor volta com 1min23s247 e já estava a mais de 1s5 do segundo colocado, fora da zona de abertura da asa móvel.

Lewis começou a apertar de pneu médio para alcançar Verstappen de pneu macio. O inglês já cortou a desvantagem para 1s190 e também anotou a melhor volta da corrida.

Algumas boas brigas estavam acontecendo mais no pelotão intermediário. Bottas buscava a sétima posição de Fernando Alonso, enquanto Daniel Ricciardo vinha investindo em cima de Guanyu Zhou, 12º.

Dez voltas completadas e Max era primeiro com respiro de 1s6 para Lewis, segundo. Pérez, Russell, Sainz, Leclerc, Alonso, Bottas, Esteban Ocon e Lando Norris completavam a zona de pontos momentânea.

Lance, que teve a melhor largada do pelotão, vinha sofrendo com as condições do traçado. No rádio, reclamou que estava escorregando e não tinha nenhuma aderência com os pneus médios.

A prova chegou à volta 16 e, consequentemente, na abertura da janela de vida útil do pneu macio. Segundo as informações da Pirelli, o composto mais brando duraria até, na teoria, o giro 22.

Verstappen estava com a volta mais rápida com 1min22s9 e a 2s3 do restante do pelotão. Entretanto, o holandês se queixava no rádio que estava “sofrendo com os pulos, impossível guiar nas zebras”.

Enquanto vinha na sexta colocação, Leclerc questionou a Ferrari sobre irem para o plano C. Na resposta, ouviu que “precisamos ser cautelosos com esse plano por conta do tráfego”, indicando uma possível aposta em duas paradas.

Com 21 voltas, apenas Stroll havia parado e, neste ponto, o bicampeão holandês já apontou que o pneu macio estava perdendo rendimento.

Na Red Bull, Pérez foi o primeiro a ser chamado aos boxes. Entretanto, quando o mexicano fez o pit-stop, o time teve problemas e o competidor perdeu tempo no pitlane, sendo devolvido na sexta posição.

Na volta seguinte, foi a vez do líder da corrida fazer a troca dos pneus. O competidor calçou o médio e voltou para a pista na terceira colocação a 14s7 de Hamilton, novo primeiro colocado.

Para a alegria da torcida caseira, Pérez vinha na caçada em cima de Charles. O mexicano tentou a primeira vez, sem sucesso, mas na segunda tentativa conseguiu deixar o monegasco para trás e assumir a quinta posição.

Agora, a corrida chegou na volta 28 e, segundo as informações da Pirelli, o início da janela de paradas para os pneus médios.

Tanto Verstappen quanto Lewis estavam se queixando de seus carros. Enquanto o holandês afirmava que estava com a troca de marcha com problemas, o heptacampeão apontou que estava com alguma questão no motor.

Chegou a vez de Hamilton ir aos boxes fazer a troca de pneus. Contrariando a escolha da grande maioria, o competidor calçou o pneu duro, voltando para a terceira colocação – Russell, primeiro, ainda não havia parado.

Algo a ser notado é que Vettel ainda era o único piloto macio da largada e, portanto, conseguindo levar o composto a 32 voltas – a Pirelli apostava entre 16 a 22 giros de vida.

Ainda ser parar, George afirmou no rádio para a Mercedes que gostaria de colocar pneu vermelho. Como resposta, ouviu que precisaria alongar mais na pista para que a aposta desse certo.

Mais da corrida já completada e Verstappen liderava com 7s8 para Hamilton, segundo. Pérez, Russell, Alonso, Bottas, Sainz, Leclerc, Daniel Ricciardo e Zhou fechando o top-10.

Enfim, na volta 40 Sebastian foi aos boxes. O alemão calçou o pneu médio e retorna para a 16ª colocação a 2s1 de Stroll, seu companheiro que está em 15º.

Uma boa briga no meio da corrida foi entre Ocon e Bottas. O francês da Alpine fez uma bela ultrapassagem por fora em cima do finlandês, que tentou dar o troco, mas ficou para trás.

Com 43 voltas já rodadas, apenas dois pilotos ainda não haviam parado: Ricciardo, sétimo, e Zhou, nono. Por outro lado, Lance já havia passado uma segunda vez pelos boxes e estava em 18º.

Valtteri e Esteban mais uma vez estavam entrando em uma batalha pela oitava colocação. O titular da Alfa Romeo vinha tirando a desvantagem para o adversário da Alpine, mas ainda sem conseguir consumar a ultrapassagem.

Na parte da frente, Pérez, que estava em terceiro, não conseguia se beneficiar da velocidade de reta da Red Bull. A 1s9 de Lewis, o mexicano estava na fase de ficar cuidando dos pneus, mas com a volta mais rápida.

Em uma briga por posição, então, o primeiro incidente aconteceu na corrida. Ricciardo vinha para ultrapassar Tsunoda e na tentativa, os carros se tocaram e quem levou a pior foi o piloto da AlphaTauri que foi catapultado e teve o carro danificado, abandonando.

O japonês obviamente não gostou do lance e chegou a esbravejar no rádio. Pouco depois, a direção de prova aplicou punição no australiano com 10s, mas que, no momento, não o faz perder posições.

A corrida caminhava para a parte final e Verstappen vinha em ritmo tão dominante que já havia dado uma volta até o sétimo colocado, dando duas em cima de Latifi, último.

Dez voltas para a bandeira quadriculada e a ordem era Verstappen, Hamilton, Pérez, Russell, Sainz, Leclerc, Alonso, Ocon, Ricciardo e Bottas.

Alonso, então, levou uma ultrapassagem dupla. Ocon, companheiro do bicampeão, conseguiu deixa-lo para trás e trouxe junto Ricciardo. Depois, o australiano aproveitou e se adiantou em cima também do francês, assumindo o sétimo posto – mas ainda teria 10s a pagar.

Então, com pouco mais de cinco voltas para o final, Alonso teve problemas com seu carro e precisou abandonar. O espanhol parou na área de escape e fez necessário um rápido período de safety-car virtual, mas nada mais.

Neste momento, Russell afirmou que passou por detritos e que gostaria de parar para trocar os pneus que estavam acabados. A Mercedes respondeu que era para se manter na pista e que os compostos do Pérez estavam mais acabados.

Bandeira quadriculada e Verstappen garantiu a vitória no GP do México, 14ª da temporada e 34ª da carreira. Hamilton e Pérez completam o pódio do dia.

1) Max Verstappen (Red Bull), 71 voltas
2) Lewis Hamilton (Mercedes), +15.186
3) Sergio Pérez (Red Bull), +18.097
4) George Russell (Mercedes), +49.431
5) Carlos Sainz Jr. (Ferrari), +58.123
6) Charles Leclerc (Ferrari), +1’08.774
7) Daniel Ricciardo (McLaren/Mercedes), +1 volta
8) Esteban Ocon (Alpine/Renault), +1 volta
9) Lando Norris (McLaren/Mercedes), +1 volta
10) Valtteri Bottas (Alfa Romeo/Ferrari), +1 volta
11) Pierre Gasly (AlphaTauri/Red Bull), +1 volta
12) Alexander Albon (Williams/Mercedes), +1 volta
13) Zhou Guanyu (Alfa Romeo/Ferrari), +1 volta
14) Sebastian Vettel (Aston Martin/Mercedes), +1 volta
15) Lance Stroll (Aston Martin/Mercedes), +1 volta
16) Mick Schumacher (Haas/Ferrari), +1 volta
17) Kevin Magnussen (Haas/Ferrari), +1 volta
18) Nicholas Latifi (Williams/Mercedes), +2 voltas
OUT) Fernando Alonso (Alpine/Renault)
OUT) Yuki Tsunoda (AlphaTauri/Red Bull)