Em meio à crescente pressão que enfrenta na Ferrari, Fred Vasseur recebeu apoio público de dois nomes importantes da Fórmula 1: o agora ex-chefe da Red Bull Racing, Christian Horner e Zak Brown, CEO da McLaren. O dirigente francês tem sido alvo de críticas após um início de temporada decepcionante da equipe italiana, ainda sem vitórias em 2025.
Segundo relatos da imprensa italiana, a permanência de Vasseur no cargo estaria ameaçada caso não consiga reverter o desempenho do time. No entanto, Horner, recentemente desligado da Red Bull após duas décadas, destacou justamente a importância da estabilidade nas equipes como fator-chave para o sucesso.
“Em qualquer organização, a estabilidade é extremamente importante”, disse Horner em entrevista coletiva antes de sua saída da Red Bull, destacando os mais de vinte anos de consistência que ajudaram o time a conquistar oito títulos de pilotos e seis de construtores. “Acho que Fred é um gestor muito capaz”, acrescentou.
Para Horner, liderar a Ferrari traz um peso adicional: “Ele está à frente do que é, na prática, um time nacional, e isso vem com expectativa e pressão. Ele ainda é relativamente novo na função, e leva tempo para implementar processos, escolher as pessoas certas e criar a cultura adequada. Não existem soluções mágicas na F1”, concluiu.

Vasseur assumiu a chefia da Ferrari em 2023 com o objetivo de recolocar a Scuderia na disputa por títulos. Após um vice-campeonato no campeonato de construtores em 2024, superada apenas pela McLaren, a equipe entrou nesta temporada com grandes ambições, mas que até agora não se concretizaram.
Brown, CEO da McLaren e adversário direto da Ferrari, também demonstrou confiança no trabalho de Vasseur: “Conheço Fred há muito tempo. Gosto de correr contra ele, é muito técnico e um verdadeiro competidor. Do lado de fora é difícil enxergar tudo, mas sou fã do Fred. Acho que ele faz um bom trabalho e quase venceu o campeonato no ano passado. Faltou uma ultrapassagem”, afirmou.
O apoio de Horner e Brown pode não aliviar a pressão interna sobre Vasseur, mas reforça a visão de que o francês ainda tem crédito entre seus pares na categoria. O desafio agora, é transformar esse respaldo em resultados concretos nas pistas.
