Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, expressou dúvidas sobre a recente decisão da FIA que validou a legalidade das asas traseiras ‘flexíveis’ da McLaren. Embora a Federação tenha declarado que a peça está dentro das regras, o debate sobre o assunto continua entre as equipes da Fórmula 1.
Em entrevista coletiva na última sexta-feira, Vasseur destacou a diferença entre as interpretações das regras para as asas dianteiras e traseiras. Segundo ele, a questão das asas dianteiras envolve uma ‘área cinzenta’, já que o regulamento técnico menciona que não é permitido projetar partes do carro com a intenção de causar deformações. “Intenção é algo difícil de mensurar”, afirmou Vasseur.
Já sobre a asa traseira da McLaren, que gerou controvérsia após imagens de TV mostrarem uma leve flexão na peça durante as retas, o chefe da Ferrari foi categórico ao afirmar que a situação é diferente. “No caso da asa traseira, existe um limite máximo de deflexão no regulamento, e isso é preto no branco. Não há área cinzenta. Para mim, está claro”, completou.
Apesar dessas declarações, a FIA realizou testes na peça e garantiu que o design da McLaren está de acordo com as exigências do regulamento, mas mesmo assim solicitou à McLaren que faça alterações na peça. No entanto, Vasseur segue cético, levantando questionamentos sobre como o regulamento é aplicado na prática. A polêmica deve continuar enquanto as equipes buscam explorar os limites das regras em busca de vantagem competitiva.
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