F1: Vasseur evita críticas à Red Bull por troca de Lawson por Tsunoda

O chefe da Ferrari na Fórmula 1, Frédéric Vasseur, preferiu manter uma postura diplomática ao comentar sobre a recente decisão da Red Bull de substituir Liam Lawson por Yuki Tsunoda a partir do GP do Japão 2025. O francês destacou que é impossível avaliar corretamente a situação sem conhecer todos os detalhes que motivaram a escolha da equipe austríaca.

A mudança foi confirmada oficialmente na última quinta-feira (28), marcando o fim precoce da curta passagem de Lawson pela equipe principal da Red Bull. O neozelandês participou apenas das duas primeiras etapas da temporada, em Melbourne e Xangai, e não conseguiu marcar pontos, ficando bem aquém das expectativas da equipe. Tsunoda, por sua vez, assume a vaga ao lado de Max Verstappen justamente em sua corrida em casa, em Suzuka.

Questionado pelo jornal francês L’Équipe sobre o movimento agressivo da rival, Vasseur evitou fazer qualquer julgamento direto. “Eu trocaria um piloto após duas corridas? Isso são decisões da Red Bull. Você nunca sabe o quão difícil é julgar o que acontece dentro de uma equipe”, afirmou o dirigente da Ferrari.

Vasseur ainda reforçou que, sem acesso ao que ocorre internamente, é injusto apontar se a decisão foi certa ou errada. “Você não sabe o que está acontecendo, o que levou àquela decisão. Existem 12 bilhões de motivos por trás disso, que apenas a equipe e o piloto conhecem. E, às vezes, nem mesmo o piloto sabe”, destacou.

A decisão de substituir Lawson tão cedo na temporada gerou críticas em algumas partes do paddock e nas redes sociais, principalmente entre os fãs do piloto neozelandês. Mas, para Vasseur, qualquer julgamento externo carece de base. “Pode parecer brutal porque foi após apenas duas corridas, mas nós não sabemos nem 10% dos fatos. Por isso, não podemos julgar”, explicou.

O francês aproveitou para apontar sua própria filosofia em situações similares. “Eu odeio quando as pessoas julgam o que nós fazemos, então não vou fazer isso com os outros”, concluiu.

A chegada de Tsunoda à Red Bull marca um momento importante para o japonês, que vinha se destacando pela Racing Bulls e agora terá a chance de pilotar um carro de ponta diante de sua torcida. O movimento também levanta discussões sobre o papel da Honda, parceira da Red Bull e apoiadora da carreira de Tsunoda, na decisão.

A Fórmula 1 retorna de 4 a 6 de abril com o GP do Japão 2025, terceira etapa do calendário. A corrida em Suzuka promete ser especial não apenas pela troca na Red Bull, mas também por marcar um dos fins de semana mais emblemáticos do campeonato.