F1: Vasseur brinca sobre “novo emprego” em meio a rumores de sua saída da Ferrari

Frederic Vasseur, chefe da equipe Ferrari na Fórmula 1, brincou sobre seu futuro no time italiano, durante a estreia do novo filme sobre a F1 em Nova York, afirmando com ironia: “Já estou procurando outro emprego”. A declaração foi feita à emissora francesa Canal Plus, e surge em um momento de crescentes especulações sobre sua permanência no cargo.

De acordo com o jornal Corriere della Sera, a Ferrari já teria escolhido um possível substituto para o francês: Antonello Coletta, atual responsável pela divisão da equipe no Mundial de Endurance (WEC). Aos 57 anos, Vasseur tem contrato até o final da atual temporada e enfrenta forte pressão diante dos resultados abaixo do esperado.

A situação da Ferrari também atraiu comentários políticos. Ignazio La Russa, presidente do Senado italiano, defendeu que Flavio Briatore, atualmente atuando com consultor executivo na Alpine, poderia ser a figura ideal para liderar uma reformulação profunda na equipe de Maranello. “Flavio traria um verdadeiro abalo na Ferrari. Ele é meu amigo, mas tudo que faz, faz bem”, declarou à rádio Rai. Apesar disso, La Russa reconheceu que os problemas da equipe vão além da chefia: “Mesmo com o melhor gestor, talvez não seja o suficiente”, afirmou.

Jarno Trulli, ex-piloto de F1, acredita que a falha está no comando técnico. “Parece que falta um diretor técnico. Ano passado, Adrian Newey estava disponível. A Ferrari precisa de alguém que saiba projetar um carro”, disse ele ao La Stampa, comparando a atual situação à vivida pela Toyota em 2009.

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Foto: XPB Images

Outro fator levantado é a localização da equipe. Nico Rosberg, ex-piloto e campeão na F1 em 2016, afirmou que Ferrari pode estar em desvantagem por operar fora do polo técnico da categoria. “Estou ouvindo que eles estão cogitando montar um escritório na Inglaterra. Toda a F1 está lá”, disse ele à Sky. Briatore endossou essa visão: “Se quer fazer champanhe, o lugar certo é a França. A Ferrari precisa ser mais internacional”.

No entanto, Piero Ferrari, filho do fundador Enzo Ferrari, discorda da ideia de internacionalização. Ele relembrou a contratação de John Barnard em 1986, quando a equipe abriu um centro técnico no Reino Unido. “Foi o maior erro da minha vida. Achei que precisávamos de um cérebro estrangeiro, mas ele nunca se adaptou à nossa cultura. Foi um erro incrível”, afirmou à Speed Week.

A crise técnica e institucional da Ferrari continua se aprofundando, e enquanto Vasseur faz piadas em tapetes vermelhos, o debate sobre o rumo da equipe mais tradicional da F1 segue cada vez mais intenso nos bastidores.

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