Andrea Stella, chefe da McLaren, expressou sua insatisfação com a forma como Max Verstappen tem defendido suas posições nas corridas, especialmente após o GP dos EUA de Fórmula 1. O italiano sugeriu que tanto os comissários quanto a imprensa, analisassem quantas vezes o piloto holandês adotou essas táticas, sem sofrer consequências.
“Se eu fosse jornalista, faria uma estatística de quantas vezes Max usou esse método para se defender. Acho que ambos os carros saíram da pista, então se houve uma vantagem, ambos a obtiveram”, afirmou Stella.
A McLaren acredita que Verstappen escapou sem punição em duas ocasiões na corrida no último domingo em Austin, na primeira volta e na volta 52, apesar de sua defesa agressiva contra Lando Norris. Enquanto Norris foi penalizado por ultrapassar Verstappen fora dos limites da pista, a equipe britânica questiona por que o holandês não foi investigado.
Stella vê um padrão nas defesas de Verstappen, que segundo ele, são agressivas e frequentemente não são punidas pelos comissários. Ele citou o GP do Brasil de 2021, quando Verstappen também fez uma defesa dura contra Lewis Hamilton, resultando em um momento tenso entre os dois pilotos.
“Naquela ocasião no Brasil, Max perdeu completamente o ponto de tangência. Se você tentasse virar em direção a ele, seria um grande acidente. Neste caso, em Austin, era em uma velocidade menor, mas a ideia de defender saindo da pista não pode ser permitida”, criticou Stella.
Stella também mencionou um incidente na primeira volta do GP dos EUA, quando Verstappen forçou Norris para fora da pista na curva 1, o que permitiu que Charles Leclerc assumisse a liderança e Norris caísse para a quarta posição, atrás de Carlos Sainz.
“Ficamos um pouco chateados com a manobra na curva 1, porque Max não só ganhou a posição, mas também comprometeu completamente a saída de Lando, fazendo com que ele perdesse as posições para os dois carros da Ferrari”, afirmou Stella. Ele acrescentou que a McLaren aceitou que os comissários aplicaram as circunstâncias mitigantes da primeira volta, mas destacou que casos como o de Norris e Verstappen exigem mais atenção.
“O trabalho dos comissários é difícil, então se houver incerteza, eles deveriam se dar o tempo necessário para revisar a situação com mais detalhes após a corrida”, concluiu Stella.
A McLaren espera que, no futuro, os comissários adotem uma abordagem mais detalhada e precisa, especialmente em situações complexas como a que envolveu Norris e Verstappen no Circuito das Américas.