Mesmo liderando os dois campeonatos da Fórmula 1 em 2025, a McLaren já identificou uma falha importante no desempenho de seu carro, o MCL39. De acordo com o chefe da equipe, Andrea Stella, o modelo tem dificuldades específicas em voltas rápidas, o que impacta diretamente o desempenho nas sessões de classificação.
“O carro mostra seu melhor quando está em voltas contínuas, não quando se exige 100% em uma única volta”, afirmou Stella, após a sessão de classificação para o GP de Miami. “Isso afeta especialmente a confiança dos pilotos na hora de encontrar o limite nas frenagens.”
O domínio da McLaren nesta temporada é inegável. A equipe venceu cinco das seis provas realizadas até agora e lidera o campeonato de construtores com 105 pontos de vantagem sobre a Mercedes. Oscar Piastri e Lando Norris ocupam as duas primeiras posições no campeonato de pilotos.
Ainda assim, a equipe de Woking busca aperfeiçoar o carro. Segundo Stella, a falta de informações claras vindas do carro dificulta a repetição de boas voltas por parte dos pilotos. Ele citou um comentário de Piastri como exemplo.
“Oscar disse depois de uma volta no Q2 em Miami: ‘Essa curva 1 foi tão boa que não sei se vou conseguir repetir, porque nem sei exatamente como consegui. O carro não me deu a sensação de como isso aconteceu’,” disse Stella.
Segundo o chefe da McLaren, o problema está relacionado a uma sensação ‘entorpecida’, especialmente no eixo dianteiro. Isso obriga os pilotos a tomarem decisões com base na experiência anterior, e não nas reações imediatas do carro.
“É uma situação desconfortável para qualquer piloto de Fórmula 1. Você quer ter informações claras e imediatas do carro. Já falei bastante sobre isso agora, mas talvez a gente possa expandir o assunto numa próxima vez, quando testarmos algumas soluções e, quem sabe, já com melhorias para relatar”, completou Stella.
Apesar do desempenho dominante, a busca por refinamentos mostra que a McLaren segue comprometida em manter sua vantagem técnica e competitiva na temporada.