Em 2017, a FIA, após pedido de esclarecimento da Ferrari, proibiu o conceito de suspensão apresentado pela Mercedes. Na época, o órgão regulador destacou que o modelo estava indo além das funções estabelecidas e tendo ganho aerodinâmico, isto é, variando a altura do carro.
Não é novidade que a FIA intervenha quando uma equipe em questão tem uma ganho superior às outras. Em 2009, por exemplo, a Brawn teve seus difusores sendo investigados pela instituição.
Na temporada atual, a Red Bull é o time com mais vantagem sobre seus adversários, o fato ficou evidente no Bahrein, quando Max Verstappen cruzou a linha de chegada 11s à frente de Sergio Pérez, segundo colocado, e 38s de Fernando Alonso, na terceira posição.
George Russell chegou a dizer que o time austríaco não estava apresentando todo seu potencial, em uma tentativa de evitar uma possível intervenção da FIA. Já para Guenther Steiner, não cabe à FIA se envolver, mas sim aos rivais da Red Bull se esforçarem para chegar no mesmo nível.
“Obviamente, no momento, a Red Bull tem uma vantagem, mas eu não diria que eles vão manter essa vantagem nas próximas 20 corridas. Não tenho tanta certeza disso, porque todos vão tentar alcançá-los. Esperamos descobrir como a Red Bull chegou a essa vantagem e podermos fazer o mesmo ou algo semelhante”, disse o chefe da Haas ao Motorsport.
“Eles fizeram um trabalho fantástico. E, portanto, você não pode culpar os regulamentos por isso. Porque se alguém faz um trabalho melhor do que qualquer outra pessoa, deve levar vantagem.”
Sobre possíveis pedidos de investigação dos concorrentes em relação à equipe líder, Steiner destacou: “Você não pode fazer alarme só porque alguém é mais rápido do que outro, isso não é justo.”
Em relação à intervenção do órgão regulador, Guenther apontou: “Se eles [FIA] acharem que algo não é legal, eles podem ajustar as regras. A segurança é sempre uma preocupação. Mas acho que precisamos descobrir em algumas corridas o que realmente está acontecendo. Acho que não devemos tirar conclusões precipitadas ainda.”