O Sindicato dos Jornalistas Automotivos da Itália (UIGA), respondeu às recentes críticas feitas por Fred Vasseur, chefe da Ferrari na Fórmula 1, que classificou como ‘estúpidos’ os rumores publicados pela imprensa italiana a respeito de sua permanência na equipe.
A declaração de Vasseur aconteceu durante o final de semana do GP do Canadá, em meio a especulações sobre uma possível saída do francês do comando técnico da Scuderia, que teve um início de temporada abaixo do esperado, sem vitórias e apenas três pódios.
Vasseur citou rumores anteriores envolvendo suposto interesse da Ferrari em Enrico Balbo, engenheiro de aerodinâmica da Red Bull Racing. O francês afirmou que sequer tinha ouvido falar de Balbo antes das publicações, mas destacou o impacto negativo que esse tipo de notícia teve internamente, especialmente sobre Diego Tondi, atual chefe de aerodinâmica da Ferrari: “Isso gera distrações dentro da equipe. E em um ambiente competitivo como a F1, qualquer perda de foco pode nos custar caro”, afirmou o chefe da Scuderia.
A UIGA, embora sem mencionar diretamente o nome de Vasseur, publicou um comunicado respondendo ao episódio. O texto defende a liberdade de imprensa e reforça que o papel do jornalismo esportivo não é apoiar equipes, mas informar com responsabilidade: “Não é trabalho dos jornalistas ‘apoiar’ uma equipe, mas relatar honestamente os fatos”, afirmou a entidade.

O sindicato também destacou que, embora a liberdade de imprensa seja um valor essencial, ela deve vir acompanhada de responsabilidade: “Nada justifica a disseminação de notícias não verificadas, que podem comprometer equilíbrios delicados, com repercussões humanas e profissionais concretas”, conclui o comunicado.
Para a UIGA, o debate gerado pelas críticas de Vasseur representa uma oportunidade para refletir sobre os limites entre o direito à informação e o respeito às pessoas envolvidas, especialmente em uma era onde a velocidade e o sensacionalismo podem ameaçar a qualidade da cobertura jornalística.