Andrew Shovlin, diretor de engenharia de pista da Mercedes, refletiu sobre o impacto de Lewis Hamilton durante sua longa parceria de doze temporadas com a equipe na Fórmula 1. Segundo Shovlin, o britânico de 39 anos, que vai para a Ferrari em 2025, trouxe um nível de dedicação incomparável, motivado por uma espécie de ‘fobia de perder’ que o diferenciava de outros pilotos.
“Não há outros pilotos como ele, então, definitivamente, você pode dizer que ele é único nesse aspecto”, afirmou Shovlin em entrevista ao The New York Times. “Lewis é divertido de trabalhar e comprometido com o sucesso, algo que esperamos de todos na equipe. Mas ele tem algo próprio, quase uma fobia de perder, que impulsiona sua ética de trabalho. Isso traz muita energia para a equipe.”
Hamilton chegou à Mercedes em 2013 vindo da McLaren, e sua passagem pela equipe resultou na parceria mais bem-sucedida da história da Fórmula 1. Juntos, conquistaram oito títulos de construtores e seis títulos de pilotos, além de 105 vitórias em GPs.
Mesmo nos últimos três anos, em que os resultados não corresponderam ao padrão elevado do heptacampeão, com apenas duas vitórias (Inglaterra e Bélgica, ambas em 2024), Shovlin destacou que a influência de Hamilton foi muito além das pistas. “Nenhum bom piloto gosta de perder, isso é padrão. Mas no caso de Lewis, a perda desencadeia um nível de trabalho e preocupação que o diferencia da maioria”, concluiu Shovlin.
Agora sem Hamilton, a Mercedes terá de seguir sem o que Shovlin descreve como a energia gerada pela obsessão do piloto por vencer. Ainda assim, o legado deixado por Hamilton certamente continuará moldando a equipe nos próximos anos.