A transferência de Lewis Hamilton para a Ferrari ainda gera repercussões intensas na Fórmula 1. O heptacampeão mundial chocou o mundo do automobilismo ao deixar a Mercedes, onde havia conquistado seis de seus títulos, para se juntar à equipe italiana. O que muitos não sabem é que o fator decisivo para essa mudança foi um desafio pessoal, mais do que propriamente questões financeiras ou técnicas.
Recentemente, Hamilton revelou que a ideia de competir pela Ferrari foi influenciada pela vontade de provar a si mesmo que ainda é capaz de vencer em qualquer equipe, independentemente do carro que esteja dirigindo. “Chega um ponto em sua carreira em que você precisa buscar novos desafios”, afirmou Hamilton durante uma recente entrevista coletiva. “A Ferrari é uma equipe histórica, e eu sempre tive admiração pela forma como eles competem, pela paixão e tradição. Quero me testar fora da minha zona de conforto.”
O britânico ainda reforçou que seu objetivo é claro: devolver o título mundial para Maranello, algo que a equipe não conquista desde 2007 com Kimi Räikkönen. “Estou aqui para vencer. Não entrei nessa equipe para ser mais um nome. Vim para trazer resultados e provar que sou capaz de vencer em diferentes carros, com equipes diferentes.”
Charles Leclerc, novo companheiro de equipe de Hamilton, comentou recentemente sobre como é compartilhar a garagem com uma lenda da Fórmula 1. O piloto monegasco declarou que “nunca viu uma dupla tão forte na história da Ferrari”. Essa afirmação gerou uma grande expectativa entre os fãs, que já imaginam uma intensa disputa interna pelo domínio na equipe italiana.
Enquanto isso, Toto Wolff, chefe da Mercedes, revelou como foi receber a notícia da saída de Hamilton. O austríaco admitiu que ficou surpreso com a decisão do piloto, mas que entende a motivação por trás da escolha. “É compreensível que um piloto queira novos desafios depois de tanto tempo em um só lugar. Desejamos sucesso ao Lewis, mas nosso foco agora é construir um novo ciclo vencedor com George Russell e Kimi Antonelli”, afirmou Wolff em declaração recente.
Outra voz de peso que comentou a ida de Hamilton para a Ferrari foi Helmut Marko, consultor da Red Bull. O austríaco destacou que a chegada do britânico a Maranello pode aumentar significativamente a pressão sobre Max Verstappen. “Se Ferrari estiver competitiva, Verstappen pode ter problemas não só com Norris, mas também com Hamilton. Será uma temporada bastante interessante e imprevisível”, afirmou Marko.
Hamilton também parece já estar influenciando decisões estratégicas da Fórmula 1. Em uma reunião recente com a FIA, o britânico propôs uma mudança polêmica para o GP de Mônaco, sugerindo que duas paradas obrigatórias fossem impostas para tornar a corrida mais atraente. A ideia dividiu opiniões, mas mostra que o piloto segue muito influente nos bastidores da categoria, mesmo em uma nova equipe.
Agora, resta saber como será a estreia oficial de Hamilton na Ferrari. O primeiro teste real será no próximo fim de semana, durante o GP da Austrália, no circuito de Albert Park. O desempenho de Hamilton será acompanhado de perto por torcedores, analistas e adversários. Afinal, o sucesso ou fracasso desse movimento pode definir a narrativa de toda a temporada 2025 da F1.
Hamilton já avisou que está pronto para o desafio e deixou claro o que pretende fazer: “Meu objetivo é vencer. Vim para a Ferrari com a intenção de conquistar meu oitavo título mundial. Estou mais motivado do que nunca.”