F1: Russell diz que Verstappen teria mais a perder se fossem companheiros de equipe

George Russell acredita que uma eventual parceria com Max Verstappen na Mercedes traria mais riscos para o holandês do que para ele. O britânico afirmou que, em um cenário de companheirismo entre os dois, qualquer derrota do atual tetracampeão de Fórmula 1 seria vista como um grande revés.

“É obviamente uma situação de perde-perde para ele”, disse Russell em entrevista ao The Telegraph. “Se ele me vencesse, seria o esperado. Mas se perdesse para mim, seria considerado um grande fracasso”.

Apesar das tensões que já existiram entre os dois pilotos, Russell minimizou qualquer rivalidade pessoal: “Estamos bem. Nos cumprimentamos, não conversamos muito, mas não nos ignoramos. Não perco o sono com isso, e com certeza ele também não perde. Isso não me incomoda nem um pouco”, disse ele.

O britânico destacou ainda que a boa convivência fora das pistas não é essencial para o sucesso dentro da equipe, citando exemplos de rivalidades históricas: “(Ayrton) Senna e (Alain) Prost não eram bons amigos e ainda assim terminaram primeiro e segundo. O mesmo aconteceu com Lewis (Hamilton) e Nico Rosberg). Lewis e Fernando (Alonso) são uma exceção, mas Lewis deveria ter vencido aquele ano (2007)”, acrescentou.

Russell admitiu que gostaria de competir diretamente contra Verstappen, mas reforçou que o holandês teria mais a perder em uma comparação direta: “Seria algo semelhante ao que aconteceu quando fui companheiro de Lewis. Ou mesmo agora com Kimi (Antonelli). Mas estamos nos adiantando um pouco aqui…”, brincou.

O piloto da Mercedes também comentou sobre seu contrato, que inclui uma cláusula que o mantém na equipe em 2027, caso tenha bons desempenhos no próximo ano. Dessa forma, Russell garantiu que não está preocupado com o futuro e afirmou que, caso Verstappen realmente se junte à Mercedes após o próximo ano, ele não será o piloto a sair.