No agitado Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1, George Russell tomou as dores da Mercedes, defendendo as decisões estratégicas da equipe que, segundo ele, levaram a oportunidades perdidas durante a corrida. A equipe optou por começar com pneus Médios, mas um incidente logo na primeira volta levou a uma bandeira vermelha, e a Mercedes decidiu trocar para os compostos Duros na esperança de completar a corrida com apenas uma parada.
Toto Wolff, chefe da equipe, não poupou críticas ao desempenho inicial com os pneus Duros, descrito por ele como “atroz”. A estratégia de uma única parada acabou sendo abandonada devido à falta de ritmo, fazendo com que Russell terminasse em sétimo e Hamilton, em nono, após ceder a posição ao companheiro devido a danos em seu carro.
Russell, contudo, acredita que a decisão de optar pelos Duros após a bandeira vermelha foi acertada, proporcionando flexibilidade estratégica que não seria possível com os Médios. “Acho que foi a decisão correta começar com o Duro, pois nos deu a flexibilidade para fazer uma ou duas paradas”, explicou o piloto britânico.
O piloto da Mercedes relatou ter ficado preso atrás de Hamilton no início, o que limitou sua capacidade de competir mais à frente. Apesar das dificuldades, Russell viu potencial na estratégia adotada após a primeira parada, que o colocou em disputa direta com Lando Norris e Charles Leclerc.
Durante as etapas finais da corrida, Russell teve um embate com Oscar Piastri, da McLaren, que resultou em um toque na chicane. Piastri conseguiu manter a posição ao cortar a chicane, mas Russell conseguiu ultrapassá-lo na última volta, garantindo o sétimo lugar. A disputa entre os dois foi investigada, mas ambos foram isentados de penalidades.
Russell reconheceu a manobra arriscada, mas acredita que, no final, a justiça prevaleceu com sua ultrapassagem na volta final. Apesar dos resultados abaixo do esperado em 2024, Toto Wolff afirmou que a equipe fez “grandes avanços” em Suzuka e está otimista para as próximas corridas.
Russell também vê as próximas pistas como mais favoráveis ao W15 da Mercedes, destacando a importância da classificação para determinar os resultados em um pelotão tão competitivo, excluindo a Red Bull. “Sabemos que temos trabalho a fazer e nenhum de nós está satisfeito em lutar pelo segundo melhor”, concluiu Russell, enfatizando o compromisso da equipe em continuar evoluindo.