O clima é de uma certa tensão no paddock da Fórmula 1 com a aproximação do GP da Áustria, casa da Red Bull Racing, mas também palco de rivalidades recentes e disputas intensas. No centro da cena estão Max Verstappen e George Russell, protagonistas de colisões e disputas diretas que reacenderam a temperatura na atual temporada.
Há duas semanas, Russell venceu o GP do Canadá à frente de Verstappen, em uma corrida que gerou protestos da Red Bull e acusações de conduta antidesportiva contra o piloto da Mercedes. O atrito entre os dois já tinha aumentado após um toque na Espanha, que resultou em pontos de penalidade para Verstappen em sua superlicença, deixando o holandês a um passo de uma suspensão de corrida automática.
Verstappen, que já venceu em Spielberg quatro vezes (2018, 2019, 2021 e 2023), aposta na força da torcida local para mais um bom desempenho: “É sempre um grande final de semana lá. Já tivemos muitos bons resultados e, com sorte, podemos repetir isso”, disse ele.
Apesar do otimismo, o chefe da Red Bull, Christian Horner, reconheceu os desafios técnicos que a equipe vai enfrentar: “Nossa fraqueza no momento está nas curvas de média velocidade, e o segundo setor da Áustria tem esse perfil. Se estiver quente, acredito que a McLaren será novamente forte.”
Por sua vez, a McLaren, que dominou boa parte da temporada até agora, saiu de Montreal sem pódio nem presença na primeira fila, algo inédito em 2025. Oscar Piastri foi o quarto colocado, enquanto Lando Norris abandonou após colisão com o próprio companheiro de equipe.
A lembrança de outro incidente, o toque entre Norris e Verstappen no GP da Áustria do ano passado, também volta à tona. Na ocasião, George Russell herdou a vitória.
Para Norris, o foco está em não repetir os erros: “Foi um erro de julgamento no Canadá. Não há muito a refletir, só não pode acontecer de novo”, afirmou o britânico.

Em contrapartida, a Mercedes vive seu melhor momento em 2025. Além da vitória de Russell, o novato italiano Kimi Antonelli subiu ao pódio pela primeira vez, com o terceiro lugar no Canadá. O chefe da equipe, Toto Wolff, vê a Áustria como mais uma oportunidade para avaliar as atualizações recentes: “Será um bom teste para nosso progresso.”
O fim de semana também dará espaço a novos talentos. O irlandês Alex Dunne, atualmente correndo na Fórmula 2, irá participar do primeiro treino livre no lugar de Norris, marcando o retorno de um piloto irlandês à F1 desde Ralph Firman, em 2003. Na Ferrari, Charles Leclerc cederá seu carro para o sueco Dino Beganovic.
Com rivalidades em alta, disputas internas acirradas e jovens promessas na pista, o GP da Áustria promete mais um capítulo movimentado na temporada 2025.