Flavio Briatore, agora consultor executivo da Alpine, reacendeu o debate sobre o teto orçamentário na Fórmula 1, ao sugerir que os salários dos pilotos também deveriam ser incluídos nos limites financeiros impostos às equipes. A proposta, no entanto, encontrou forte oposição da Red Bull Racing, segundo o jornal De Telegraaf.
“Limitar os gastos das equipes é positivo, mas acredito que o salário dos pilotos também deveria estar incluído no teto, não apenas o que já está previsto hoje”, afirmou Briatore.
A resistência da Red Bull é compreensível, pois a equipe paga a Max Verstappen cifras elevadíssimas, que seriam diretamente impactadas por essa mudança. Ainda assim, Briatore argumenta que um cenário mais equilibrado nesse aspecto poderia acelerar o progresso de equipes como a própria Alpine.
“Se eu pudesse escolher qualquer piloto para a Alpine, teria dois Verstappens, porque tenho dois carros”, disse o italiano de 75 anos, reforçando a importância dos pilotos de elite no desempenho das equipes.
Briatore afirmou que prometeu ao CEO da Renault, Luca de Meo, que a Alpine estará no pódio, ou muito próxima dele, em até três anos. E acredita que a equipe pode ir ainda além: “Por que não? Se você observar os times à nossa frente, não têm nada de especial. É só uma questão de comprometimento, foco.”
Ele também criticou a estrutura que encontrou ao retornar ao time francês: “Não foi fácil. Havia desordem, ninguém mandava, todo mundo mandava. Perdemos muita gente boa, mas agora, aos poucos, elas estão voltando”, concluiu.
Para Briatore, a Alpine tem potencial para desafiar todas as outras equipes e até conquistar um título mundial na F1. A inclusão dos salários no limite de orçamento, segundo ele, seria um passo nessa direção, mas ao que tudo indica, a ideia ainda está longe de ter consenso dentro do paddock da categoria.
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