A Red Bull procurou esclarecimentos da FIA sobre o uso de asas traseiras flexíveis durante os testes de pré-temporada, reacendendo um tema que tem sido debatido há meses nos bastidores da Fórmula 1. A federação já havia endurecido as regras para os dispositivos aerodinâmicos durante o período de inverno e realizou testes no Grande Prêmio da Austrália, etapa de abertura da temporada 2025.
Apesar de todas as equipes terem sido consideradas em conformidade nas verificações iniciais, a FIA identificou que as medidas adotadas não foram suficientes para conter o efeito conhecido como “mini-DRS”, uma artimanha aerodinâmica que pode gerar ganhos de desempenho em retas. Diante disso, a entidade anunciou novos ajustes que entrarão em vigor a partir do GP da China, segunda etapa do campeonato.
A principal mudança está na abertura máxima permitida na asa traseira sob carga. O limite será reduzido de 2 milímetros para 0,5 milímetros quando submetido a uma força de 75 quilos. No entanto, para que as equipes tenham tempo de adaptação, será concedida uma tolerância de 0,25 milímetros no evento em Xangai. No GP do Japão, a terceira corrida do calendário, essa margem de tolerância será completamente eliminada.
De acordo com informações divulgadas pelo site ‘Auto Motor und Sport’, a Red Bull teria sido a responsável por alertar a FIA sobre a questão durante os testes de pré-temporada no Bahrein. A equipe chefiada por Christian Horner suspeitava que McLaren, Ferrari, Alpine e Haas ainda estavam utilizando configurações controversas da asa traseira para obter vantagens em alta velocidade.
Agora, a grande dúvida é se essas mudanças no regulamento irão impactar o equilíbrio de forças na Fórmula 1. A McLaren, que demonstrou um ritmo impressionante no GP da Austrália e garantiu a vitória com Lando Norris, pode ser uma das equipes mais afetadas pela nova diretriz. Caso se confirme, a Red Bull poderá recuperar terreno e reduzir a vantagem da equipe britânica nas próximas etapas.