F1: Red Bull mantém RB21 agressivo para preservar desempenho de Verstappen

A Red Bull Racing não pretende tornar o RB21 um carro mais fácil de pilotar, mesmo diante das dificuldades enfrentadas por Yuki Tsunoda desde sua promoção à equipe principal, desde o GP do Japão de Fórmula 1 deste ano. Segundo o diretor técnico Pierre Waché, a decisão é motivada principalmente pelo impacto que mudanças nesse sentido teriam sobre Max Verstappen.

Mesmo reconhecendo que o carro atual apresenta desafios para os pilotos, Waché foi direto ao afirmar que Verstappen não aceitaria um modelo mais próximo ao utilizado pela Racing Bulls, equipe satélite da Red Bull. “Não precisamos de uma cópia da Racing Bulls. Tenho certeza de que Max não ficaria feliz se oferecêssemos a ele um carro assim”, disse ele.

A Racing Bulls, com sede em Faenza, tem surpreendido positivamente na temporada, ocupando o sexto lugar no campeonato de construtores, com destaque para o desempenho do novato Isack Hadjar. Em comparação, o RB21 vem enfrentando críticas internas quanto à dirigibilidade, ainda que Verstappen tenha vencido duas provas em 2025.

Waché explicou que o foco da equipe é manter o máximo potencial competitivo do carro, mesmo que isso torne a pilotagem mais desafiadora. “Max é nosso principal trunfo em termos de resultados. Não queremos facilitar a pilotagem às custas do desempenho geral do carro”, acrescentou.

Enquanto isso, Tsunoda segue enfrentando dificuldades para se adaptar ao RB21. De acordo com Waché, isso tem prejudicado também o trabalho técnico da equipe: “Como diretor técnico, preciso de feedback de ambos os pilotos. O ideal seria que estivessem próximos em desempenho. Esse não é o caso no momento”, finalizou.

A expectativa dentro da Red Bull, no entanto, é que Tsunoda tenha o restante da temporada para se adaptar e mostrar evolução, apesar da pressão crescente por resultados.