Apesar da proximidade do início da temporada 2025 da Fórmula 1 em Melbourne, novas informações sobre o caso de alegado comportamento inadequado (assédio sexual) de Christian Horner em relação a uma funcionária da Red Bull Racing vieram à tona. A funcionária levará o caso ao tribunal trabalhista, com apresentação prevista para janeiro de 2026.
Essa é uma situação tem gerado preocupação na equipe, e o ex-piloto de F1, Ralf Schumacher, prevê que a turbulência interna na Red Bull deve continuar, especialmente com Horner mantendo o cargo de chefe de equipe. “Não acredito que a calma retornará”, disse Schumacher à Sky Sports alemã.
Schumacher acredita que Horner busca cada vez mais poder e que tem direcionado a atenção da sede da Red Bull para outras competições e esportes, em detrimento da F1. “Ele é alguém que quer controlar tudo e assumir cada vez mais responsabilidades. Acredito que ele conseguiu isso. Que internamente ele garantiu que a Red Bull em Salzburg se preocupe mais com outros esportes, futebol e assim por diante. Acredito que o CEO da Red Bull, Oliver Mintzlaff também tem mais afinidade com isso”, disse o alemão.
Schumacher vê uma situação perigosa na Red Bull. Ele acusa Horner de sempre buscar brechas para obter vantagens. “Quais são as brechas que me permitem alcançar um desempenho que outros não conseguem”, afirmou o ex-piloto, citando a habilidade de Horner em negociar detalhes, como no ‘Pacto de Concórdia’.
O ex-piloto da Toyota e Williams também alertou para o perigo de uma única pessoa deter todo o poder. “Ele é alguém que, é claro, sentiu uma grande oportunidade quando o grande chefe (Dietrich Mateschitz) infelizmente se afastou devido a problemas de saúde e acabou falecendo (em outubro de 2022). Você tinha a sensação de que ele (Horner) queria ser o novo homem forte, com a ideia ‘sem mim nada funciona’. E isso é perigoso na Fórmula 1”, completou Schumacher.